quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

O que é remarketing?


Remarketing é o marketing especialmente direcionado para o público que você sabe que já teve algum contato anterior com seu marketing - por exemplo visitou o seu site ou sua loja - mas ainda não comprou. A ideia do remarketing é tentar dar um empurrãozinho final naquele possível cliente que veio, olhou, mas por algum motivo ainda está indeciso.

Como é na prática
Você provavelmente já experimentou remarketing, já foi atingido por anúncios de produtos com os quais você tinha tido contato anterior em sites de compras. Por exemplo, você olha uma geladeira no site da Americanas ou um tênis no site da Netshoes. Mais tarde, numa outra hora, quando você está olhando as fotos dos amigos no Instagram, ou as brigas entre esquerda e direita no Facebook, aparece um anúncio da geladeira ou do tênis que você tinha visto.

E a coisa pode perseguir você por dias, às vezes semanas. É só você entrar no site da UOL, para ver as últimas notícias sobre o que a turma do Bolsonaro aprontou, que pimba. Tá lá no meio das notícias um anúncio da geladeira ou do tênis. Muitas vezes, além do modelo que você olhou, também lhe mostram anúncios de modelos parecidos - em estilo ou preço - para caso você não queira comprar exatamente o que viu da primeira vez, alguma outra coisa parecida o convença.

Como funciona
Funciona assim: Primeiro o vendedor coloca no site ou aplicativo dele uma programação especial para que, quando você entrar na página de um produto, o site ou aplicativo grave no seu computador ou celular um pequeno arquivo - tecnicamente chamado de cookie - onde fica registrado qual produto você olhou. Na verdade o site pode, se quiser, registrar todas as páginas por onde você passou, todo o roteiro da sua visita.

Depois o vendedor paga para o Facebook, o Instagram ou o Google para que toda vez que alguém entrar neles (ou sites parceiros deles) seja verificado no computador ou celular dessa pessoa que está entrando se há cookies. Se houver, o Face, o Insta, o Google, ou o site parceiro, mostram anúncios previamente programados para aparecer em conexão aos diferentes cookies.

Lidando com a humanidade
Se você faz marketing digital, ou está pensando em fazer, o remarketing pode ser uma ferramenta bastante útil porque tenta contornar o fato que a maioria das pessoas não compra um produto ou serviço a primeira vez que o vê. Vários estudos mostram que, embora haja uma certa variação de um ramo de negócios para outro, na média, mais de 90% dos visitantes de um site não compram na primeira visita.

É da natureza humana dar uma olhada, dar uma pensada, quem sabe olhar de novo outras vezes e daí, quem sabe, comprar. O remarteking tenta evitar que nesse vai-e-volta você perca o cliente, ou porque ele simplesmente desistiu, esqueceu, ou porque viu coisa melhor em outro lugar.

Para ajudar o vendedor nesta briga, os sistemas que controlam esses anúncios de remarketing são bastante sofisticados e há muitas opções de programação para o anunciante, por exemplo quantas horas ou dias dias depois da visita ao site do vendedor começar a mostrar anúncios, insistir por quanto tempo, mostrar anúncios diferentes a cada visualização e muito mais.

Além disso, como em algum desses sites e aplicativos  tanto  no computador quanto no celular as pessoas mantém a mesma identidade - tem o mesmo usuário, também é possível exibir anúncios no celular para quem viu um produto no computador e vice versa.

Nem tudo são flores
Apesar da utilidade do uso das técnicas de remarketing para os vendedores, ele levanta alguns senões entre os consumidores. O primeiro é uma questão de privacidade. Algumas pessoas podem considerar invasivo saber que tudo o que elas fazem na Internet está sendo registrado e que os sites e aplicativos possam gravar arquivos no computador e no celular delas, sem elas saberem ou autorizarem. 

Por isso na Comunidade Européia já é lei os sites terem que perguntar para seus visitantes, assim que eles entrem em um site que use cookies, se o visitante aceita ou não que sejam gravados cookies. No Brasil a lei que lida com privacidade na Internet, a LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados - não menciona explicitamente cookies, mas muitas empresas interpretaram a partir dos princípios gerais da lei que sim, aqui no Brasil também é preciso uma tela de aceitação de cookies na entrada dos sites.

O segundo problema é que, mesmo que a pessoa aceite cookies,  pode ser desagradável psicologicamente e até contra-producente para o anunciante, a pessoa ser bombardeada por anúncios de um produto que ela olhou no passado e não quer ver mais, ou porque já comprou, ou porque desistiu.

Porém, este segundo problema é mais fácil do anunciante resolver. É uma questão do programador dos anúncios ter sensibilidade - um pouco arte, um pouco ciência - de ajustar a frequência e repetição dos anúncios para maximizar as vendas, enquanto tenta minimizar o incomodo da audiência.

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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

3 perguntas que seu marketing tem que responder

2019 está acabando, está chegando a hora de pensar no que mudar ou melhorar no seu plano de marketing para 2020. Nossa sugestão para orientar seu planejamento é centrá-lo em torno de 3 perguntas e quais seriam as estratégias, ações e comunicação necessárias para respondê-las:

1) O que fazer para conseguir que meu público alvo saiba que minha empresa é um possível fornecedor do que ele quer/precisa?

O passo zero de qualquer plano de marketing é reconhecer que no mundão lá fora há milhões de pessoas e empresas que não compram de você porque nem sabem que você existe.  Ou até já souberam um dia, mas não se lembram de você no momento de necessidade. Qual é a estratégia, ações e comunicação para atingir essas pessoas e elas considerarem sua empresa como um possível fornecedor?

2) Dado que o possível comprador sabe  que eu sou um possível fornecedor, como convencê-lo que meu produto ou serviço é o melhor?

O segundo passo de qualquer plano de marketing, dado que o possível cliente já sabe que você existe e vende o que ele está procurando, é convencê-lo que seu produto ou serviço é o que melhor atende o que ele precisa - ou tem melhor preço, e/ou tem melhores características técnicas, e/ou tem melhores características imateriais/emocionais (status, imagem, tradição), e/ou tem melhor prazo e/ou condições de entrega, etc. Qual é a estratégia, ações e comunicação para convencer as pessoas que seu produto ou serviço é o melhor para as necessidades delas?

3) Dado que a maioria das vendas não acontecem em um primeiro contato, como dar um empurrãozinho final nos interessados?

Excetuando-se itens de muito baixo valor, com um café ou um chiclete, na maioria das vezes um comprador  e mais ainda um comprador empresarial, não fecha o negócio a primeira vez que vê o produto ou o serviço. Faz parte da natureza humana um pouco de hesitação e incerteza, dar uma olhada em concorrentes, "namorar" um pouco a possível compra e daí bater o martelo. Qual a estratégia, ações e comunicação para converter esses interessados em compradores?

Vai criar um plano para responder às perguntas?
Para fechar este post cabem aqui duas palavras de caução advindas da nossa experiência:
1) Um plano razoável de marketing digital hoje é melhor que um perfeito o mês que vem. O mercado não espera. Cada dia que passa os clientes estão comprando e os seus concorrentes estão vendendo e
2) Se o limite do marketing é o céu, o do seu orçamento e do seu tempo é bem mais baixo. É preferível se focar em 1 ou 2 itens bem feitos para cada pergunta - para cada fase da venda - do que diluir os esforços em muitas ações.

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terça-feira, 5 de novembro de 2019

O que é o Funil de Vendas (ou Funil de Marketing)

Funil de vendas (ou Funil de Marketing) é um modelo lógico de encarar a venda como uma sucessão de passos que um número cada vez menor de pessoas vai tomando em direção a comprar um produto ou serviço.

Exemplificando: suponha que o Brasil tenha 30 milhões de possíveis compradores de automóveis. Que destes, 3 milhões vejam um anúncio de um novo carro na televisão. Que destes, 30 mil vão até uma concessionária fazer um teste drive. E que destes, 3 mil pessoas efetivamente comprem o carro.

O comportamento desses consumidores pode ser modelado como um funil dividido em etapas, que começa largo na parte de cima (com muitas pessoas) e que vai afinando (diminuindo o número de pessoas) conforme vai se mudando de uma etapa mais distante para outra mais próxima da venda.

Porque ajuda
 A principal ajuda que desenhar um funil traz é estabelecer um arcabouço lógico para criar um conjunto de discursos, materiais de vendas, páginas de sites e outros recursos relacionados com cada uma das etapas do funil, que facilite e acelere a passagem do comprador para a próxima etapa.

Exemplificando: para uma incorporadora de imóveis com um prédio de apartamentos para vender, tipicamente o cliente primeiro vê um anúncio no  jornal ou na TV, depois vai visitar o empreendimento, daí vai ver um apartamento decorado, verifica formas de financiamento, analisa o contrato, fecha o negócio.

Em cada uma dessas etapas o tipo de informação e convencimento que o cliente precisa tem ênfases em itens diferentes. Se houver materiais de marketing - folhetos, páginas do site, etc. - e treinamento dos corretores diferenciados para cada etapa, fica mais fácil empurrar o comprador para a etapa seguinte.

O Funil de Vendas digital
Outra vantagem do modelo do Funil de Vendas é que ele passa quase naturalmente para o mundo digital. A ideia de etapas e uma mensagem de marketing diferenciada para cada etapa é facilmente automatizável. Um bom site pode entender em que etapa o cliente está e atuar de acordo.

Um extra interessante do uso do modelo do Funil de Vendas na Internet é que um site ou aplicativo nunca se esquece e nunca se cansa. Caso o cliente não compre na primeira visita, pode retomar o processo de onde parou na última vez, bem como pode ir atrás do cliente que não retorna espontaneamente, com e-mails ou anúncios específicos de retomada.

O Funil de Vendas serve para sua empresa?
A venda de muitos produtos ou serviços, que não sejam de muito baixo valor, ou de compra de impulso, pode ser modelada deste jeito, é possível se estabelecer um certo número de passos claros entre a grande massa de pessoas que nem sabem que o produto ou serviço existem até algumas que batam o martelo. O funil.

O número de passos e o que acontece em cada um deles varia de produto para produto ou serviço para serviço bem como, mesmo determinado um funil,  nem todas as vendas vão acontecer exatamente seguindo o seu roteiro.

É uma abordagem estatística. O funil é um bom modelo para sua empresa quando você consegue determinar um certo número de passos ou etapas da venda e determinar também que a maioria dos negócios fechados passa pela maioria desses passos.

Se esse for o seu caso, você pode preparar material e discurso com antecedência para cada etapa, otimizando e até automatizando o processo de venda.

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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Tecnologia para incentivar religião nos mais jovens: o rosário eletrônico

e-rosary
Visando incentivar a geração mais jovem e ligada em tecnologia a rezar, a Igreja Católica lançou um rosário eletrônico o e-rosary

O Rosário

Desde o começo da religião os cristãos tem o costume de recitar repetidamente orações, usando um colar de contas para auxiliar na contagem de quantas vezes cada oração foi dita. 

Hoje a versão mais comum dessa prática é o Rosário, uma série de orações que compõe simbolicamente uma coroa de rosas - um rosário - para a Virgem Maria.

O conjunto das orações seriadas em homenagem à Maria é chamado Rosário (em maiúscula) e o objeto de apoio - o colar de contas - também é chamado de rosário (em minúscula). O Rosário clássico é, por tradição, composto de 150 Ave Marias, intercaladas de um Pai Nosso a cada 10. 

rosário - "terço"
tradicional

O Terço

Como um colar com 150 contas é muito longo, os rosários mais comuns geralmente contém só 50 contas (intercaladas a cada 10 por uma diferente) e é dito 3 vezes na sequência. 

Por isso, no Brasil, é mais popularmente chamado de terço (ao se rezar uma vez as 50 contas se rezou um terço de um Rosário completo de 150).

O rosário eletrônico

O novo rosário eletrônico - o e-rosary - lançado agora, pretende ser uma versão século 21 do tradicional objeto. 

Pode ser usado como um bracelete ou portado no bolso ou na bolsa e é composto de 10 contas e uma cruz que funciona para armazenar dados - é chamada de smart-cross. Um extra do produto é que seu sensor de movimento permite que ele seja acionado pelo usuário ao fazer o sinal da cruz com ele no pulso ou na mão.

e-rosary também se conecta a um aplicativo de celular chamado Click to Pray (Clique para Rezar), que não só ensina a rezar 3 formas tradicionais diferentes do Rosário - padrão, contemplativa ou temática - como também auxilia no seu uso, monitorando e armazenando todo o programa de orações da pessoa ao longo do tempo.

e-rosary na sua base e celular
com o aplicativo Click to Pray

A Igreja se moderniza

O rosário eletrônico vem se juntar a uma série de iniciativas tecnológicas da Igreja Católica, como uma conta no Instagram para o Papa e o envio de mensagens diárias por Telegram - contendo versículos do evangelho -, durante toda a quaresma. Desde 2008 quando lançou seu primeiro aplicativo para o iPhone, o Vaticano vem fazendo este movimento de aproximação com as tecnologias digitais.

Para saber mais, o site do e-rosary é https://erosary.clicktoprayerosary.org/en-it/index.html?v=9

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sábado, 12 de outubro de 2019

5 pilares do marketing na Internet (que sua empresa tem que ter)

Há muitos jeitos de se fazer marketing na Internet, mas ao longo dos anos nós aprendemos que há pelo menos 5 itens fundamentais - pilares - que as empresas bem sucedidas tem, no que diz respeito a marketing digital:

1) UM PLANO
A essa altura do século 21, todas as empresas sabem que a Internet pode ajudá-las. Porém, para organizar os esforços e ajustar as expectativas é preciso estabelecer por escrito o como, o quando, e o quanto. Um plano.

- Porque: Se você não sabe onde quer chegar todos os caminhos são ruins.
- Erro mais comum: Tentar fazer muitas atividades ao invés de focar em algumas poucas bem feitas e coordenadas entre si.
- Tem que ser dito: É melhor um bom plano executado já do que um plano perfeito deixado para depois.

2) UM ORÇAMENTO ANUAL
Marketing é uma atividade regular, é preciso pedalar o tempo inteiro ou a bicicleta - a atenção que seu mercado presta em você - cai. E atividade regular implica programar desembolsos regulares de dinheiro, normalmente mensais, para acontecer ao longo do ano.

- Porque: garante os meios concretos para executar o plano, especialmente no médio e longo prazos.
- Erro mais comum: tentar ir aprovando a verba a cada ação ou cada mês.
- Tem que ser dito: Um orçamento não é uma das tábuas da lei, pode ser alterado ou até cancelado, mas as pessoas e organizações trabalham muito melhor se tiveram parâmetros pré-estabelecidos e aceitos por todos.

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Um bom plano executado vigorosamente agora é melhor do que um plano perfeito executado na semana que vem.
General George S. Patton *
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3) UMA EQUIPE OU UMA AGÊNCIA
Tem que haver alguém responsável pela execução do plano de marketing digital, de quem a empresa possa cobrar o andamento e discutir possíveis ajustes.

- Porque: Se você quer que alguma coisa aconteça regular e consistentemente, alguém tem que ter medo de perder o emprego (ou o contrato) se ela não acontecer.
- Erro mais comum:
nomear para tocar o marketing digital alguém que tenha simultaneamente outra atividade importante para a empresa. A pessoa já sai de começo com um motivo para atrasar o plano - tinha que fazer a outra atividade.
- Tem que ser dito: Muitas empresas não tem verba para contratar uma pessoa exclusiva para marketing na Internet e muito menos uma equipe. Tudo bem, desde de que se contrate uma agência. Um plano e um orçamento precisam de alguém especializado e focado para fazer acontecer.

4) UM SITE BOM E NOVO
Algumas empresas fazem marketing digital de um jeito, outras fazem de outro, mas nunca vimos dar certo sem pelo menos um site muito bom. E novo, porque um bom site de 2 anos atrás hoje já pode parecer meio caído ou ultrapassado.

- Porque: Em um primeiro contato, tudo que um possível futuro cliente tem para julgar sua empresa é o que ele está vendo no seu site. Ele não tem como adivinhar ou supor nada.
- Erro mais comum: Se iludir que para alguns ramos de negócio, ou que para sua empresa em particular, os clientes e potenciais não olham site e não tiram conclusões a partir do que veem ali.
- Tem que ser dito: O site é o centro do marketing digital que qualquer empresa. É onde você pode conversar com calma, sem a cacofonia e as atrações paralelas das redes sociais.

5) ANÚNCIOS
Todo mundo gosta de histórias de sucesso espontâneo na Internet.  É o menino que gravava vídeos com o celular no quarto de dormir e hoje é um influencer com milhões de seguidores, é a pintora que começou postar fotos do seus quadros no Facebook e hoje é famosa no mundo, o sitezinho de e-commerce que no boca-a-boca virou uma potência e por aí vai... A parte pouco mencionada é que maioria destas histórias começou a 5 ou 10 anos atrás, quando a competição por atenção era muito menor. E que dos milhões que tentam, uma fração ínfima consegue. Sendo realista, na Internet congestionada de hoje, se você quiser ser visto de forma consistente tem que pagar anúncios.

- Porque: Para crescer todo negócio precisa de um fluxo regular de novos clientes - pessoas que não sabiam que seu negócio existia, não lembravam dele ou não o estavam considerando.   
- Erro mais comum: Cair no conto do SEO. Acreditar naquele cara que prometeu que vai colocar seu site na primeira posição do Google em todas as pesquisas. **
- Tem que ser dito: É dureza. Você investiu em um site bacana e agora tem que investir mais para as pessoas virem vê-lo? É exatamente isso. Ninguém disse que ia ser fácil...

* O general Patton foi um dos líderes da retomada da Europa na 2ª Guerra Mundial.
** SEO / Search Engine Optimization - otimizar seu site para ser achado por que está pesquisando no Google - ajuda, mas não faz milagre. Se você quiser saber mais sobre esse assunto veja nosso post O que é SEO - Search Engine Optimization

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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Marqueteiros e médicos às vezes enfrentam um problema parecido


Médicos e tratamentos

Números do CDC / Center For Disease Control and Prevention - a mais importante agência do governo americano para a saúde pública - indicam que, no que diz respeito às doenças crônicas, cerca de um quinto das receitas médicas  (20%) nem são aviadas: as pessoas nem sequer vão comprar ou retirar os remédios. 

Das pessoas que aviam a receita e começam o tratamento, metade (50%) tomam incorretamente o que foi receitado. Erram no horário, dosagem, frequência ou duração do tratamento - param antes da hora.

E não estamos falando aqui de pequenos probleminhas de saúde. As pessoas não tomam direito, ou param de tomar, os remédios que vão impedir um ataque cardíaco ou derrame, que pode matá-las. Ou param de tomar os remédios que vão impedir o diabetes de cegá-las, ou a AIDS de devastar seus corpos... e por aí vai. 

Os motivos são diversos, econômicos, psicológicos e culturais e não cabe aqui nesse blog de marketing digital nos aprofundarmos nesse assunto médico, mas vamos refletir sobre um paralelo desse problema com um problema no marketing.

Marqueteiros e planos de marketing

O que cabe sim no tema deste blog é  um problema que encontramos no marketing digital. Guardadas as devidíssimas proporções, a medicina lida diretamente com a sobrevivência e o bem estar de seres humanos e o marketing lida com a sobrevivência e bem estar das empresas. 

E na nossa modesta participação nesse universo, o marketing digital, muitas e muitas vezes encontramos um problema parecido: as empresas não fazem o que elas sabem que iria melhorar sua situação. Ou até fazem, mas parcialmente ou sem o devido cuidado e atenção.

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“Remédios não funcionam no paciente que não os toma”
C. Everett Koop, MD
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Assim como nos casos médicos, às vezes o "paciente" (a empresa) nem começa o tratamento, mesmo diagnosticada que a coisa vai mal. Por exemplo, o site da empresa é obviamente antigo, ou amadoresco. Feito pelo próprio dono da empresa no Wix ou no "criador de sites" da Locaweb. 

Às vezes o site até que foi feito profissionalmente mas a última notícia publicada é de 2018. Ou o site é novo e bem feito mas a empresa não tem nenhum mecanismo de atrair tráfego para ele, ou seja, o site é uma tela atrás de um muro, ninguém vê. 

E quando a empresa é multinacional e enfia goela abaixo dos brasileiros site e/ou redes sociais LATAM? Para quem não sabe, LATAM é uma ficção geográfico, cultural comum nas multinacionais, que coloca todos os países para baixo do Rio Grande em um mesmo saco de gatos. Cliente brasileiro adora ser considerado "latino"...

Um denominador comum destes descuidos e erros é que muitas vezes é difícil para empresários, executivos ou funcionários das empresas os perceberem. Como uma rachadura na parede da sua própria casa que depois de algum tempo convivendo com ela você para de enxergar. O problema é que os visitantes a enxergam.

Por que parou? Parou por quê?

Em muitos casos que o "tratamento" começa, em que um programa de marketing digital moderno é aceito e iniciado, muitas empresas ou não seguem direito e/ou param no meio.

E não, não é que os remédios não estejam funcionando. Assim como as pessoas param de tomar mesmo quando os remédios estão funcionando, vemos empresas que param programas de marketing mesmo quando estão funcionando. 

Já vimos campanhas de marketing digital que estavam comprovadamente trazendo novos clientes serem canceladas. E outras serem feitas com tremenda má vontade ou falta de cuidado no que depende da equipe da empresa.

A importância da Internet

Claro que a importância da presença na Internet é diferente para cada ramo de negócio. Existem empresas que vivem dela e existem empresas que o relacionamento com o mercado é mais baseado em outras premissas, como vendedores, lojas físicas, relacionamentos pessoais, ou indicações. 

Nesses casos é comum a direção da empresa não alocar tanta verba ou pessoas para o marketing digital. E essa visão da direção também acaba permeando a organização, que trata a presença na Internet com baixa prioridade. E vão descuidando, deixando pra lá. "O mês que vem a gente faz".

Porém, mesmo nos casos em que a Internet não seja a principal fonte de entrada de clientes, ou mesmo que não entre nenhum novo cliente por ali, pelo menos ela não deveria dar tiro no próprio pé. 

Em pleno século 21 não dá para arriscar, qualquer que seja o ramo de negócios da empresa, que os clientes e potenciais não vão nem dar uma olhadinha no site, ou nas redes sociais do fornecedor. E que não vão se influenciar pelo que virem lá.

Tanatos

Na opinião deste que lhes escreve, me parece que é um erro a suposição que os seres humanos e as organizações fazem naturalmente o melhor para si mesmas e que só fatores externos jogam contra. A humanidade é muito mais complicada que isso. 

Comportamentos pessoais e empresariais auto destrutivos, ou pelo menos descuidados e danosos, não só são frequentes como podem continuar por anos, ou até décadas. Às vezes até a morte da pessoa ou da empresa. Dê um refletida e relembrada prezada leitora, prezado leitor. Quantas vezes na vida você viu pessoas (ou empresas) tendo atitudes que as prejudicam. E persistindo, mesmo quando avisadas...

O bom médico. E a boa agência digital

Assim com o trabalho do bom médico não é só diagnosticar e prescrever, mas passa também por tentar encontrar maneiras de ajudar as pessoas a aderirem ao tratamento, acreditamos que o trabalho da boa agência digital (como a Vendere 😃) não é só diagnosticar problemas e propor soluções.

O trabalho da boa agência digital passa também por encontrar maneiras de viabilizar a implantação dos programas de marketing digital levando em conta, ou apesar de, a verba, a cultura empresarial, as resistências e o estado de espírito de cada cliente.

Fontes:
CDC - .CDC Grand Rounds: Improving Medication Adherence for Chronic Disease Management — Innovations and Opportunities - https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/66/wr/mm6645a2.htm

American Heart Association - Circulation Journal - Medication Adherence - https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/circulationaha.108.768986

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

O que são landing pages e quando usá-las no seu site

Landing page é o nome dado à página de um site criada especialmente para ser a página de chegada para quem vier a ele por um determinado link fora do site. Por exemplo, um site pode ter uma página específica para receber quem clicar em um anúncio que a empresa colocou no Google. Essa seria a landing page daquele anúncio.

Um mesmo site pode ter uma ou mais landing pages para receber quem clicou em diferentes links fora do site, por exemplo em diferentes anúncios referentes a diversas promoções que a empresa esteja fazendo simultaneamente.

Porque criar landing pages
O principal motivo de criar uma landing page é levar um visitante do site mais diretamente à uma página com a informação que você quer que ele veja, sem ele precisar ficar navegando por outras páginas, em menus e botões, correndo o risco de ele não achar ou desistir no caminho.

Quando alguém entra no seu site pela home page porque digitou o seu endereço no browser, em principio não dá para saber porque a pessoa veio até o site. Então, geralmente a home page de qualquer site é meio genérica e tem um menu ou botões de navegação para o visitante escolher o que quer ver.

Porém, há situações em que se sabe de antemão porque a pessoa veio até o site: quando ela clica em alguns links específicos em outros sites. Por exemplo, se a pessoa clicou no anúncio que você colocou em outro site dizendo "Inscreva-se para concorrer a uma Mountain Bike aro 29", você sabe exatamente o que ela deveria ver quando chegar ao seu site.

Nesse caso seria bobagem o link jogá-la na home-page ou na página de produtos e deixá-la procurar o que quer em menus e botões, sendo que ela veio até o site porque clicou no anúncio. É muito mais eficiente levá-la direto a uma landing page - uma página específica de chegada construída para quem clicar naquele anúncio em particular.

Quando usar landing pages
Em ideal você deveria pensar se precisa fazer uma landing page para cada caso que você saiba porque a pessoa veio até o site, ou em outras palavras, sempre que você saiba onde foi que ela clicou para vir até o seu site. O exemplo mais óbvio são anúncios. Toda vez que você fizer um anúncio digital você deveria fazer uma respectiva landing page - vinculada ao que foi que você disse no anúncio.

Além de anúncios há outros casos que você sabe o contexto da chegada da pessoa no site: por exemplo quando ela clica em um post nas suas redes sociais, em um artigo no seu blog, ou no link em um vídeo que você publicou no YouTube.

Se a pessoa acabou de assistir o vídeo sobre clareamento dental que você postou no YouTube e clicou no link na descrição do vídeo, esse link não deveria levá-la para a home page ou outra página genérica do site. Ela já mostrou seu interesse por clareamento dental.

Então, para muitas publicações da empresa em redes sociais também pode ser produtivo fazer uma respectiva landing page no site, para receber quem vier pelo link daquela publicação.

Landing page tem que ter objetivo
Tão importante quanto pensar no que a pessoa gostaria de ver quando ela clicar em um determinado link para chegar ao seu site, é pensar o que você gostaria que ela fizesse na página - qual é o objetivo  daquela landing page - e daí tentar conduzir a pessoa para esse objetivo.

Precisamos lembrar aqui que, embora o objetivo final de qualquer marketing seja vender (a Vendere não tem esse nome à toa... 😃), algumas vendas podem precisar de várias etapas para acontecer. Então, vai haver casos onde uma landing page vai ter o objetivo de vender imediatamente - já vai ter um botão "compre aqui" - mas outras landing pages podem não ter botão de venda, podem ter objetivos intermediários, anteriores ao fechamento do negócio.

Por exemplo, nos casos em que a empresa não tenha loja virtual no site ou que tenha, mas as vendas sejam de ciclo mais longo, o objetivo de uma landing page pode ser obter os dados de contato do visitante, como telefone e e-mail. Ou que ele instale um aplicativo no celular dele. Ou por exemplo que ele agende um test-drive, visita ao show-room, demonstração ou degustação de um produto.

Link externo + objetivo claro = landing page
Em qualquer caso, as duas principais características de uma landing page são: a) estar vinculada a um link específico fora do site (que permita você saber porque o visitante veio até o site)  e b) ter um objetivo claro de conseguir um passo do visitante em direção a fechar o negócio. Essas duas características incorporadas no design e conteúdo das landing pages fazem com que, de maneira geral, as landing pages sejam mais simples e diretas que outras páginas de um site.

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quarta-feira, 4 de setembro de 2019

No marketing você tem que correr mais que o outro cara

A fábula é antiga mas merece ser recontada aqui:
O avião cai na Savana e só ficam dois sobreviventes. No meio da noite eles ouvem um rugido. Nesse momento, um deles abre a mochila, tira um par de tênis de corrida e começa a calçá-los. 

O outro sobrevivente fala: — Pra que calçar esses tênis? Você não vai conseguir correr mais que um leão. 
Ao que o primeiro responde:
— Eu não preciso correr mais que o leão. Eu só preciso correr mais do que você.

Todo mercado é finito

Essa estória exemplar sugere, na nossa opinião, uma reflexão para o marketing. Todo mercado - por definição - é finito. A cada momento, há só um certo número de empresas querendo comprar um software de contabilidade. E só um certo número de pessoas querendo reformar a casa, ou trocar de carro. Ou ainda, só um certo número de pessoas querendo clarear os dentes... Goste ou não, você e seus concorrentes estão o tempo inteiro competindo pelos mesmos pedidos. 

A reflexão que nossa história sugere então é: Você está correndo mais que os outros caras do seu mercado?

Acredite, mas verifique

Nossa sugestão para o empresário, ou executivo responsável pelo marketing, que nos lê é a seguinte: depois de ler este post abra o seu site e o de seus concorrentes. Primeiro no seu computador e depois no seu celular (porque tem site que é bom no computador e uma droga no celular e vice-versa). 

Dê especial atenção aos competidores que você sabe que são maiores que você. Agora, olhando para o seu site e os dos seus concorrentes, diga com sinceridade: É para a sua empresa que você ligaria?

Tem pai que é cego

Dado que provavelmente foi você que aprovou a criação do seu site e deu muitos inputs durante a construção, evite o viés do amor paternal e experimente fazer a mesma coisa - comparar o seu site com os dos concorrentes no computador e no celular - mas com outras pessoas dando a opinião delas, se possível pessoas de fora da sua empresa. Se você e as outras pessoas acharem que o seu site se destaca positivamente, meus parabéns.

Porém, se o seu site pareceu meio fraco ou desatualizado, quando comparado com os de seus concorrentes, você tem um problemão. Nenhum visitante que vê sua empresa na Internet pensa "o site é pior, mas a empresa deve ser melhor". É duro e pode não ser verdade, mas o que as pessoas instintivamente pensam é: se o site é pior, a empresa é pior.

Agora as boas notícias

Nessa comparação da sua presença digital com as dos concorrentes você pode dar a sorte de descobrir que só precisa de um facelift - uma reforminha, uma plástica - para passar na frente. Também pode ser mais complicado, o concorrente pode ter vantagens mais difíceis de combater, por exemplo ele tem mais casos de sucesso para mostrar. Ou teve verba para fazer um vídeo com um famoso falando bem do produto dele.

Mas em qualquer caso, uma boa agência digital (como a Vendere 😃)  pode ajudar muito, com trabalho duro e um pequeno orçamento. Cada caso é um caso, mas por exemplo dá para diferenciar seu site no design, dá para apostar em mais informação técnica e sua renovação mais frequente, dá para ir pelo caminho da afetividade e outras estratégias que passem você na frente, mesmo dos concorrentes que por acaso tenham mais força bruta.

O que você não deveria é ficar aí parado. Os outros caras estão correndo.

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quarta-feira, 14 de agosto de 2019

O que é marketing O2O - marketing on line da loja off line


Para o marketing digital conduzir alguém para uma loja de comércio eletrônico é relativamente fácil e natural, é só conseguir que o possível freguês clique em um link que o leve para o site da loja. Porém, para o marketing digital incentivar alguém a comprar numa loja física são necessárias técnicas mais especializadas, o chamado marketing O2O (pronuncia-se "ôu-tu-ôu"): marketing feito na Internet com o objetivo de vender em lojas físicas - lojas de rua, super-mercados, shopping-centers, etc.

A ponte entre o virtual e o físico
Apesar do crescimento do comércio eletrônico, o comércio tradicional, de lojas físicas, vai bem obrigado, como pode constatar qualquer pessoa que for passear pela Rua 25 de Março (rua de comércio popular em São Paulo -SP) no sábado de manhã. Só precisa tomar cuidado para não ser pisoteado pela multidão 😄. Também é uma experiência educativa ficar rodando uma hora para tentar achar uma vaga para estacionar em qualquer shopping do Brasil na véspera do Dia das Mães.

Se você prestar atenção, por exemplo não há o menor sinal de falência nas lojas de rua ou shopping do Pão de Açúcar, do Carrefour, das Casas Bahia, da Drogaria Raia, da Fast-Shop, da Renner, ou da Riachuelo... todas com faturamento anual na casa dos vários bilhões. Sem falar nos casos de crescimento vertiginoso como a Havan que acabou de inaugurar a 120ª mega-loja de departamentos e projeta a abertura de mais 20 pra 2019, ou a Cacau-Show que encerrou o ano passado com 2.235 lojas e faturamento de R$ 3,5 bilhões. Tente imaginar a montanha de chocolate que é isso...

Seja por razões práticas, psicológicas ou culturais, apesar de todo o hype em volta do comércio eletrônico, as pessoas continuam comprando muito nas lojas físicas. Porém também é inegável - basta olhar em volta - que as pessoas passam cada vez mais tempo hipnotizadas pelas telas de seus celulares.  A ideia central do marketing O2O é é fazer a ponte entre esses dois mundos.

O flautista de Hamelin
As técnicas de marketing O2O se dividem basicamente em dois tipos: a) trazer mais gente para a loja (tecnicamente "aumentar o foot trafic") e b) fazer o freguês gastar mais, uma vez que ele já esteja dentro da loja (tecnicamente, "aumentar o valor médio do ticket").

Há alguns mercados para os quais o O2O é naturalmente indicado, por exemplo alimentação, entretenimento e serviços de beleza. Obviamente não dá para você comprar um corte de cabelo no Mercado Livre e esperar que ele seja entregue numa caixinha do correio na sua casa. Você tem que ir ao salão ou barbearia. A mesma ideia se aplica a uma sessão de cinema ou o happy-hour com os amigos na sexta-feira depois do trabalho.

Nesses casos o marketing O2O pode intervir durante o processo de decisão, antes da pessoa sair. Por exemplo, das centenas de barbearias "temáticas" de Sâo Paulo (tá na moda) há mais de chance de você escolher aquela que ofereceu um brinde ou promoção nas suas redes sociais - por exemplo um primeiro chopp grátis se você for cortar o cabelo - e também mostrar no GPS do seu celular como é fácil chegar lá. Porém, o Ministério da Saúde adverte: "Depois de beber, não dirija". Vá de Uber na barbearia-bar ... 😃

Mas, mesmo nas coisas que dá para você receber numa caixa do correio na sua casa, o Marketing O2O pode apostar nas vantagens de ir até loja física, como a segurança de poder testar ou experimentar o produto ao vivo e a gratificação instantânea de comprar e já sair com o produto debaixo do braço. Além de evitar as inseguranças sobre receber o produto errado ou defeituoso.

 Vários estudos mostram que os consumidores gostam da facilidade de pesquisa e comparação de preços e características que a Internet permite, mas também gostam dessas vantagens da loja física que listamos acima, (uma tendência geralmente referida por  ROPO - Research Online, Purchase Offline - pesquisa na Internet mas compra na loja física) o que pode ser explorado e até incentivado pelo marketing O2O.

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terça-feira, 30 de julho de 2019

Defina com clareza seu comprador ideal: Buyer Persona


Tentar identificar com clareza as pessoas que mais tipicamente poderiam ser seus clientes é um exercício que as empresas precisam fazer para otimizar seu investimento na escolha dos canais de comunicação e focar a mensagem do seu marketing. Procurar não gastar vela boa com santo ruim.

Tecnicamente chamamos esse comprador (ou compradores) típicos de cada empresa de Buyer Persona, e identificá-lo passa por tentar definir os 4 itens a seguir:

1) Perfil da pessoa física (consumidor ou o tomador da decisão na empresa)
Existe uma idade, sexo, formação escolar, classe social, região geográfica e outros dados demográficos típicos de seus clientes? Exemplificando: se você vende sistemas de informática para empresas, há grande chance do seu cliente típico ser um homem de classe média, entre 35 e 45 anos, formado em exatas: um gerente de informática típico.

E, antes que você diga que conhece uma empresa onde a gerente de informática é uma milionária de 90 anos formada em filosofia, interrompo preventivamente para dizer que a ideia de definir uma buyer persona serve para conter o investimento em marketing nas maiores chances de retorno, é uma abordagem estatística.

Se as vovós nerd-filósofas também quiserem comprar, que sejam bem vindas, mas a empresa não deveria pagar um anúncio só para falar com elas.

2)  Perfil da empresa cliente (para os negócios B2B, que vendem para outras empresas)
Nós aqui da Vendere adoraríamos fazer o marketing digital da Coca-Cola (cuja conta digital é da W/McCann). Primeiro pela indecente quantidade de grana envolvida, segundo pelo prestígio. Mas a Vendere não tem o porte ou o perfil típico de quem faz negócios no Olimpo empresarial brasileiro (nem esse que vos escreve tem o talento pra isso que tem o Washington Olivetto, o "W" da W/MacCann ).

Então, focamos o marketing da própria Vendere nas empresas pequenas e médias empresas brasileiras e nos pequenos escritórios brasileiros de multinacionais, que mais provavelmente vão trabalhar com uma agência como a nossa. E o porte não é o único critério, também focamos mais nosso marketing nas empresas  da meia dúzia de ramos de atividade nos quais tivemos mais casos de sucesso, para gerar uma retro-alimentação positiva.

Isso não quer dizer que se amanhã a Ambev nos ligar a gente nem atende o telefone, só quer dizer que o nosso limitado orçamento de marketing está investido em outra direção. (Se tiver alguém da Ambev lendo este post, é (11)3477-7046, tá?). 😃

3) Dores da buyer persona
Quais são as dores, os problemas, as chateações que o consumidor, empresa ou comprador empresarial típicos do seu negócio tem? (que seu produto ou serviço poderia aliviar ou ajudar a resolver)

Gostaríamos de lembrar aqui que nem sempre há uma intersecção perfeita entre o que incomoda a pessoa jurídica e o que incomoda o indivíduo ou indivíduos que tomam as decisões de compra nessas empresas, especialmente nas empresas maiores, onde não é o dono que vai fechar negócio.

Essa dupla lealdade (para consigo mesmo e para quem você está fazendo a compra) não existe só no comprador empresarial, o consumidor também lida com isso. Uma fralda que deixa o bebê sequinho por mais tempo é um bom argumento de venda, mas uma fralda que deixa o bebê sequinho por mais tempo e por isso permite aos pais dormir mais é um argumento melhor.

4) Desejos da buyer persona
Quais os benefícios, avanços, melhorias ou otimizações seu produto ou serviço poderia prover ao consumidor, a empresa ou comprador empresarial típicos do seu negócio? De novo, a pessoa física que toma a decisão de compra na empresa (ou pessoas) podem ter interesses que não são uma intersecção perfeita com os interesses da empresa. Se for o caso é interessante tentar identificar os dois conjuntos.

Considerando as prioridades
Quando você estiver analisando as dores e desejos de sua buyer persona e daí planejando seu marketing, um ponto importante a se considerar é que quase sempre é mais urgente resolver um problema do que acrescentar um benefício. Um dente inflamado doendo é uma questão que você tem que resolver agora. Já trocar o seu carro por um carro melhor é bom, mas pode esperar.

A cereja digital no bolo do seu marketing
Definir as Buyer Personas do seu negócio não só pode ajudar a focar o investimento de marketing e o discurso dos vendedores, como é muito útil para as ferramentas de marketing digital, como anúncios no Facebook, Google ou Youtube.

Essas plataformas permitem ajustar com detalhe quem vai ver os anúncios. Por exemplo você pode programar no Google "só mostre este anúncio para mulheres entre 30 e 40 anos, de nível universitário e renda superior a R$ 15 mil mensais, que morem na Zona Oeste de SP e que tem interesse em arquitetura e decoração". Além de mostrar o anúncio para as pessoas certas, se você souber suas dores e desejos e expressar isso no conteúdo dos anúncios, eles serão mais clicados.

Então, se você conseguir encontrar quem seriam as suas Buyer Personas e tentar entender suas dores e desejos sua agência pode programar isso nas campanhas digitais. Seu investimento nestas plataformas pode ser menor e mais eficaz.

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segunda-feira, 1 de julho de 2019

Não jogue dinheiro fora com cliques, visitantes, seguidores, likes e compartilhamentos

Se o objetivo da sua empresa fosse ser popular como as irmãs Kardashian, era só investir no máximo de cliques, visitantes, likes. Porém, se o objetivo é vender mais, é bem mais complicado

A medida da vaidade

As métricas mais comuns do marketing digital são ligadas ao número de interações com pessoas que esse marketing teve (medidas chamadas de "alcance" e "engajamento" pelos marqueteiros digitais): por exemplo quantas pessoas clicaram em um anúncio, quantas pessoas visitaram o site, quantos seguidores no Facebook e no Instagram a empresa tem e quantas pessoas deram like ou compartilharam uma publicação nessas redes sociais. 

Praticamente todas as empresas buscam aumentar esses números e, como onde há demanda há oferta, a maioria das agência digitais oferece isso: trazer mais visitantes para o site, conseguir mais seguidores para a empresa no Instagram, mais curtidas e assim por diante.

Isso acontece por dois motivos: primeiro porque essas métricas de vaidade - vanity metrics - são muito fáceis de verificar. Se agência digital prometeu mais visitantes no seu site é só puxar um relatório do Google Analytics ou do provedor de hospedagem do site e tá provado: você tinha 10 mil visitas por mês no site, agora tem 20 mil. A verificação nas redes sociais é mais fácil ainda: você abre o Instagram e vê que o número de seguidores subiu de 5 mil pra 10 mil. Missão dada, missão cumprida.

O segundo motivo para o uso dessas métricas é a força do hábito advinda do marketing convencional, da televisão, rádio, revistas e jornais: sempre tentar atingir o maior número de pessoas. O comercial na Globo é preferível (e muito mais caro) que o na Band porque no primeiro você fala com 5 milhões de pessoas e no segundo com 1 milhão. É só transportar essa ideia para a Internet.

Só que não
O problema, que muitas empresas descobrem duramente, é que o número de interações com pessoas  que a empresa tem na Internet não tem uma relação tão clara com as vendas. Entre as várias histórias tristes que já ouvimos de clientes, há casos de empresas que quintuplicaram, ou até decuplicaram o número de seguidores no Instagram e a melhora nas vendas foi zero.

Também temos histórias reais de clientes que produziram e postaram vídeos bem legais no YouTube e redes sociais que foram  assistidos, curtidos e compartilhados, mas que trouxeram zero clientes.

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Ser popular na Internet só é valioso por si só para quem vende essa popularidade: vende endosso a produtos ou espaço de propaganda para terceiros
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O problema é que ser popular na Internet só é valioso por si só para quem vende essa popularidade: vende endosso a produtos ou espaço de propaganda para terceiros. É valioso para o blogueiro, YouTuber, podcaster ou influenciador digital que vende menções a marcas, produtos e serviços nos seus posts e vídeos.

Só que sua empresa não é influenciadora digital, nem blogueirinha, nem modelo fitness. Para sua empresa que vende qualquer outra coisa que não visualizações na Internet, é preciso trabalhar a complexa relação entre popularidade digital - o número de interações com pessoas que sua empresa tem na Internet- e as vendas.

Uma breve contra a luxúria digital
A essa altura desse post a prezada leitora e o prezado leitor pode estar pensando: mas se eu tiver poucas visitas no site e poucos seguidores nas redes sociais o marketing digital não vai funcionar. O que é verdade. 

E também é verdade na outra direção: se você tiver muitas visitas no seu site e muitos seguidores nas redes sociais, por simples variância estatística há chance de sair alguma venda.

No entanto, o que gostaríamos de alertar aqui ao executivo ou empresário responsável pelo marketing digital que nos lê, é que é preciso tomar cuidado com o canto da sereia de mais visitas, mais seguidores, mais curtidas.

É importante medir e estar muito atento à relação entre o número de interações  digitais da empresa  e o de cotações de preços realizadas. E a relação entre o número de cotações e o de vendas efetivadas (relação que os marqueteiros digitais chamam de "taxa de conversão").

Se a relação entre sua popularidade digital e suas vendas for ruim - a popularidade na Internet cresce mas as vendas não - é preciso verificar se você está falando para as pessoas certas a mensagem certa, ou se você está só gastando dinheiro produzindo entretenimento para quem nunca vai comprar nada. 

Além disso, saiba que aqueles 10 mil seguidores no Instagram que você "comprou" do cara que vende seguidores, muito provavelmente são só meia dúzia de computadores zumbindo num porão... 😀

Nem tudo acontece na Internet
A taxa de conversão - a relação entre a popularidade digital e vendas - é mais fácil de verificar no e-commerce, nas empresas que tem loja no site. Nesse caso você consegue monitorar toda a jornada de compra, desde o clique no anúncio, passando por etapas no site, até o último clique na tela do cartão de crédito. Então, é possível saber em que ponto a coisa desandou, precisa ser remodelada.

É mais difícil para as empresas que fazem vendas parcial ou totalmente fora da Internet, que precisam de vendedor ou equipe de vendas. Quando acontece uma desconexão entre o gráfico do engajamento com o das vendas, é preciso ver se o problema não está fora da sua comunicação na Internet. 

Você pode estar fazendo tudo certo no seu site e redes sociais e os entraves às vendas podem estar no atendimento dos vendedores, no preço ou características dos produtos e outras variáveis onde é mais difícil de perceber um erro e corrigi-lo do que mexer no número de seguidores no Instagram ou de likes no Facebook.

Conclusão

Nesses tempos de sucesso das redes sociais, é muito fácil se deixar ofuscar por suas métricas e gastar dinheiro de marketing para ter mais visitas, mais seguidores e curtidas. Poder se orgulhar de ter muitos seguidores ou ter tido um vídeo com muitas visualizações.

Porém, curtida não é pedido, seguidor não é cliente. Se suas métricas de alcance e engajamento na Internet melhoram e as vendas não, você pode estar jogando dinheiro fora com vaidade. Pode ser hora de você reavaliar seu projeto de marketing.

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sexta-feira, 14 de junho de 2019

3 cuidados com as redes sociais da empresa (que você deveria ter)

A presença de uma empresa nas redes sociais, visando usá-las como ferramenta de marketing e relacionamento com clientes, exige alguns cuidados para não se fazer publicações que incomodem ou até ofendam as pessoas. Na rede social pessoal, se você postar alguma coisa ofensiva ou for mal interpretado, pode receber alguns comentários ranzinzas, em casos extremos até perder algum amigo, mas não afeta seu fluxo de caixa, segue o jogo.

Já na rede social incluída no seu projeto de marketing (pessoal ou empresarial) você tem que tentar reduzir ao mínimo os comentários e repercussões negativas sobre postagens que faça, para não alienar possíveis clientes. Com esse fim sugerimos 3 cuidados:

1) Evite posts sobre política, religião, sexualidade, costumes e outros assuntos polêmicos.
Eu sei que às vezes bate a tentação de participar nos grandes debates do nosso tempo, tomar partido nas guerras culturais em andamento, mas o propósito da participação de uma empresa nas redes sociais não é salvar o mundo ou consertar o Brasil.

O propósito de uma empresa nas redes sociais é ajudá-la a atrair, convencer e fidelizar clientes. Dado isso, uma postura neutra - ou melhor ainda, ausente - sobre temas polêmicos, evita alienar parte do público que poderia se tornar cliente ou tornar a empresa vítima de uma multidão de linchamento digital.

2) Lembre-se que tudo o que você publica é definitivo e para sempre. 
Mesmo que você se arrependa e apague uma publicação, as pessoas podem ter feito "print" da tela, podem ter salvado a publicação. Além disso, há sites especializados em arquivar conteúdos da Internet para uso posterior. Então, pense, repense, "tri-pense", antes de publicar alguma coisa. Também é recomendável pedir a opinião de mais pessoas antes de publicar, elas podem ter uma visão diferente de mundo ou perceber um detalhe que você deixou passar batido.

E, muito importante: nunca publique nada em momento de raiva, por exemplo como resposta a uma postagem ou comentário negativo ou contrário a você, sua empresa ou coisas que você acredita ou defende. Conte até 10. Até 100. Melhor, espere até o dia seguinte.

Claro, você sempre pode pedir desculpas e se retratar depois de fazer uma bobagem nas redes sociais, mas os abutres sentem o cheiro do sangue. Geralmente, um pedido de desculpas na Internet só consegue atrair mais atenção, pesquisas e cliques no erro original. O melhor é tentar não errar da primeira vez.

3) Crie uma política por escrito de publicação em redes sociais. 
Em muitas empresas a administração das redes sociais não é feita pelo dono ou principais executivos é feita por funcionários do marketing ou uma agência contratada (como a Vendere 😄), ou seja, se você é o responsável pelo marketing da empresa você vai ter que transferir o bom senso contido nos item 1 e 2 deste post para outras pessoas.

Então, invista algum tempo em escrever uma política do que pode ou não pode e algumas boas práticas, contendo, por exemplo: os temas tabus,  a obrigação de uma publicação ser aprovada por mais de uma pessoa antes de ir ao ar e o que fazer quando se receber críticas e reclamações pelas redes sociais. Esse documento pode evoluir com o tempo, mas é bom ter linhas guias desde o começo.

Uma observação final
Ao falar ao longo do tempo para milhares e milhares de pessoas, talvez milhões dependendo do sucesso das suas redes sociais, é impossível estatisticamente não trombar de vez em quando com alguns mal-humorados ou mal-intencionados que vão comentar ou responder negativamente a postagens que você faça.

Além, é claro, dos troladores - uma espécie de pixadores de paredes digitais - que distribuem gratuitamente provocações e ofensas, independentemente de quão respeitoso ou cuidadoso você tenha sido nas suas postagens.

Mas, em ambos os casos, se você fizer direito a sua parte, evitando pisar nas cascas de banana mais óbvias, esses possíveis ataques espúrios e injustificados não tem repercussão e se esgotam por conta própria.

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segunda-feira, 13 de maio de 2019

3 dicas de design para o seu site

Seu site é quase sempre o primeiro contato de um possível cliente com sua empresa. E ninguém tem uma segunda chance de causar uma primeira impressão. Nessa hora crucial, o design do seu site pode falar tanto quanto o conteúdo, então é preciso caprichar. Para tanto, veja nossas 3 dicas de design para seu site:

1) Tente fugir do padrão de aparência do seu segmento de mercado
Hoje em dia os sites são muito parecidos entre si, principalmente por duas razões :
a) Estão disponíveis na Internet "peças" pré-fabricadas, templates (modelos) e bibliotecas de recursos muito boas para se fazer  páginas de Internet. A grande maioria das agências digitais as usam nos seus projetos, porque diminui os cronogramas, os custos e os riscos (porque são pré-testadas). b) Também é comum as agências buscarem "inspiração" nos sites dos outros concorrentes do segmento de mercado do cliente e copiarem as boas ideias. Soma-se a com b, os sites ficam parecidos.

O grande problema de os sites serem parecidos é que o jeito padrão de qualquer pessoa procurar um fornecedor na Internet é abrir sequencialmente os sites de vários candidatos a fornecedor e "folhear" entre eles. Em meio a sites parecidos, o seu - mesmo que muito bem feito - não se destaca, pode ser só mais um, semi-ignorado na grande massa de concorrentes que hoje existem em todos os segmentos de negócios. Já um site com design diferenciado pode despertar aquele tico a mais de atenção que leve o possível cliente a buscar mais informações ou ligar.

Porém, quebrar paradigmas, inovar nas sintaxes E manter razoáveis os preços e prazos do desenvolvimento é uma ciência e uma arte que poucas boas agências digitais (como a Vendere  😃) são capazes de fazer.

2) Evite usar fotos de bancos de imagens.
Muitas agências usam fotos compradas de bancos de imagens nos sites de seus clientes. Não tem nada mais barato e prático... Nem tão falso também. Se você acha que aquela foto do vendedor sorridente com cara de americano engana algum cliente, bem, pense de novo. E quando é um grupo de pessoas fingindo estar em reunião, com uma modelo fingindo escrever no quadro branco? Quando eu vejo em algum site me dá até vergonha alheia. 

Já nos casos onde se precisa de uma foto mais abstrata - para ilustrar um conceito ou reforçar um ideia - as fotos desse tipo em bancos de imagens usam metáforas super batidas e genéricas, porque o produtor tem que criar imagens que atendam a várias situações, para vendê-las o maior número de vezes possível.

Na nossa opinião, no seu site (como na vida) a verdade é sempre a melhor estratégia. Boas fotos e vídeos reais da sua empresa, produtos e serviços, feitas por profissionais qualificados (como os da Vendere 😃) podem ilustrar muito melhor o seu site e passar mais confiabilidade para o seu público. E imagens mais abstratas - conceituais ou meramente decorativas - podem ilustrar muito melhor se criadas e fotografadas para as determinadas necessidades de cada empresa e mensagem. 

Sabemos que nem todas as instalações, produtos e pessoas são especialmente fotogênicas. Porém, uma boa foto geralmente é muito mais uma questão de ângulo, detalhe, luz e sensibilidade do fotógrafo do que do objeto daquela fotografia.

3) Procure um design que reflita o espírito da marca / empresa.
Não adianta nada você dizer que sua empresa é moderna se seu site tem uma cara conservadora ou o contrário, você quer passar segurança e conservadorismo e o seu site é arrojado. Design tem a capacidade de passar uma "vibe", um sentimento da marca, sem precisar dizer nada ou antes de alguma coisa ser dita. Esse sentimento não verbal que o design pode transmitir precisa não só ser  compatível com o espírito de sua marca, precisa reforçá-lo.

Porém essa necessidade esbarra na dificuldade que muitas agências tem de captar qual seria este sentimento para cada marca, e até no fato que algumas empresas, elas mesmo, ou não tem essa clareza, ou estão meio em cima do muro, tentando agradar o universo do mercado. Faz parte do trabalho de uma boa agência (como a Vendere 😃) entender bem a marca que o cliente construiu ou ajudar a empresa cliente encontrar seu significado e daí, traduzi-lo em design.

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terça-feira, 23 de abril de 2019

Direto do mundo dos Jetsons: robô para dobrar suas roupas

Dobradora de roupas
FoldiMate
Embora os carros voadores ainda não tenham chegado, nem a robô doméstica Rosie que resolveria todas as nossas necessidades de trabalho em casa, alguns avanços sonhados na série de desenhos animados dos Jetsons estão chegando. Um deles é o de robôs para dobrar as roupas.

No primeiro mundo a maioria das casas não tem mais varal, apenas lavadoras e secadoras, até porque durante parte do ano se você puser a roupa molhada no quintal ela congela, não seca... Porém, depois de uma máquina lavar e outra secar, não tem jeito, um ser humano tem que dobrar a roupa para ser guardada. A ideia é automatizar essa etapa também.

O leitor mais atento talvez esteja pensando, e passar a roupa? Pois é prezado leitor, no primeiro mundo também muito pouca roupa é passada em casa, talvez um vestido antes de uma festa, mas o grosso - jeans, camisetas, moletons, roupa de baixo, etc. é direto da secadora para a gaveta. Mas tem que dobrar, até porque dado que não vai passar, tem que dobrar direitinho para não parecer amassada na hora de vestir.

Pelo menos duas empresas em fases diferentes de desenvolvimento começam a competir neste mercado de dobradura doméstica de roupas, FoldiMate e Panasonic (em parceria com a firma de design Seven Dreamers). A máquina da FoldiMate foi apresentada como protótipo e já abriu uma lista antecipada de vendas por preços em torno de US$ 1.000 e a da Panasonic já está a venda no Japão, por um preço muito caro de lançamento de US$ 14.000 - praticamente só um chamariz ou demonstrador de tecnologia - mas com a meta declarada de chegar num preço final de US$ 2.000 quando ganhar escala.

Parte da diferença brutal de preço é devido a abordagens diferentes do problema feitas pelas empresas. Enquanto a FoldiMate pressupõe um pouco mais de intervenção humana no pré-preparo e seleção da roupa a ser dobrada a Panasonic Laundroid recebe qualquer tipo de roupa em qualquer condição e via inteligência artificial descobre que peça é aquela (se é uma camisa ou uma calça por exemplo) e escolhe a dobradura adequada. Veja vídeos delas funcionando abaixo:

FoldiMate:
 
Panasonic Laundroid:


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quinta-feira, 11 de abril de 2019

A briga pelos algorítimos das redes sociais e de pesquisa

Como é que cada algoritmo de cada rede social ou mecanismo de pesquisas escolhe o que cada pessoa vai ver na Internet? Por que na minha tela aparece uma coisa e na sua outra? 
(Algoritmo nesse contexto é usado para se referir ao procedimento automatizado de sites e aplicativos que escolhe o que cada pessoa vai ver na sua tela quando usa aquele aplicativo ou site).

Exemplificando: quando eu ponho "notícias de Brasília" na caixa de pesquisa do Google, como é que ele escolhe o que ele vai me mostrar, e em que ordem de importância? As boas notícias? As más? Primeiro umas ou primeiro as outras? E se eu tivesse pesquisado "aborto", "eutanásia, "escola sem partido" ou qualquer outro tema polêmico, com quais critérios seria montada a lista de resposta?

Ou, quando eu entro no Facebook, das milhares de coisas publicadas por centenas de amigos, como ele escolhe a pequena parte que me mostra e em qual ordem? Ou ainda, quando eu estou assistindo um vídeo no YouTube, como ele escolhe a lista de vídeos que ele me oferece para assistir em seguida?

A Internet e a opinião pública

Não é preciso muita reflexão para perceber a influência que podem ter sobre a opinião pública esses procedimentos de filtragem e priorização de praticamente toda a informação que as pessoas acessam. Um sutil aumento da exibição ou oferta de notícias ou informações favoráveis ou contrárias a uma ideia, pessoa, serviço, produto ou instituição, podem esterçar a opinião pública a respeito.

Esses hipotéticos vieses, a favor ou contra alguma coisa, gerados pelos algoritmos das redes sociais e sites de pesquisa, se é que acontecem, poderiam ser causados intencionalmente pelo programadores de software que escrevem os algorítimos (ou pelos donos dessas empresas instruindo os programadores a fazê-lo), ou poderiam ser gerados não intencionalmente, por simples negligência, descaso ou erro.

As empresas envolvidas afirmam sua isenção política, econômica e social e seu cuidado com a neutralidade dos algorítimos, mas isso é difícil de verificar. Por razões técnicas e comerciais elas revelam apenas parte dos critérios que os algorítimos usam nas filtragens e priorizações.

O senado americano quer intervir
Preocupados com alguns aspectos dessa questão dos algoritmos dois senadores americanos acabaram de propor uma lei - chamada Algorithimic Accountability Act (Lei de Responsabilização pelos Algorítimos) - que, se aprovada, permitirá aos órgãos reguladores do governo americano analisarem e regularem os "os procedimentos automáticos de decisão" de sites e aplicativos usados pelos consumidores, para tentar identificar e controlar possíveis preconceitos, violações de privacidade e outros riscos

O que querem os autores da lei
Os senadores Democratas que apresentaram a lei declararam que sua motivação primária é impedir uma possível discriminação nos algoritmos que controlam a exibição de anúncios comercias. Sua exibição ou não poderia sofrer vieses preconceituosos, por exemplo os algoritmos não mostrarem um anúncio para uma pessoa por questões de raça, gênero ou condição social, o que poderia negar o acesso dessa pessoa a uma oportunidade de emprego, empréstimo ou moradia.

Em particular há uma preocupação entre os democratas e outras correntes de pensamento à esquerda do espectro político americano com o fato que os algoritmos que usam a chamada "Inteligência Artificial" monitoram e aprendem padrões de comportamento dos usuários da Internet e assim poderiam, em hipótese, transportar para dentro do algoritmo preconceitos das pessoas.

Para justificar sua preocupação os políticos mencionaram práticas comerciais preconceituosas anteriormente praticadas nos EUA, como por exemplo só anunciar um determinado condomínio residencial para determinadas pessoas, selecionadas por raça, renda, religião ou outros fatores. Uma prática conhecida como "steering" (direcionamento): não se pode proibir pessoas fora do público alvo de um determinado produto ou serviço de comprá-lo (o que seria ilegal) mas os anúncios não são mostrados para pessoas fora desse público e portanto elas não são estimuladas a comprar, ou nem ficam sabendo da sua existência.

Os republicanos também se preocupam

Nessa mesma questão dos algoritmos, vários políticos Republicanos já manifestaram preocupação com possíveis ataques à liberdade de expressão. Há denúncias que conteúdos de direita ou conservadores tenham sido "censurados" por algoritmos: conteúdo com esse viés ideológico apareceria para um número menor de pessoas e/ou iria para o fim da página. A prática até tem nome: "shadow banning". Em vez de banir completamente o conservador, o que daria muito na cara, ele só é posto na "sombra", mostrado ou ofertado menos.

Também há denúncias que algoritmos teriam desabilitado alguns conteúdos conservadores a receber dinheiro pelos acessos, alegando que conteriam "conteúdo impróprio" para anunciantes ou em violação de vagos termos de serviço. Essa prática também tem nome - "demonetization" (desmonetização). Se realizada, ela inviabilizaria economicamente os criadores de conteúdo que a rede social quer calar, sem ter que censurá-los abertamente.

Os Republicanos e outras correntes de pensamento à direita do espectro político americano já manifestaram em diversas ocasiões sua suspeita de que as pessoas do Vale do Silício possam estar calibrando os algoritmos das redes sociais para furtivamente censurar a direita e apoiar a esquerda. Essa região onde ficam as sedes das maiores empresas de Internet - e em particular sua elite - é majoritariamente democrata, à esquerda do espectro político americano.

Falar é fácil, provar é difícil
Essas supostas práticas de discriminação, censura e outras distorções nas redes sociais são difíceis de comprovar porque, contrariamente a um canal de TV ou jornal, em que todo o público vê a mesma coisa (então é fácil perceber se aquela TV ou aquele jornal são tendenciosos), nas redes sociais e nas pesquisas o que cada pessoa vê na sua tela pode ser diferente do que as outras pessoas veem nas telas delas.

Qualquer indivíduo ou mesmo grupo de indivíduos só sabe o que a rede social ou mecanismo de pesquisa mostrou para ele. Só quem sabe o agregado de tudo que foi mostrado para todas as pessoas e alguma possível distorção estatística nesse conjunto é a própria rede social ou mecanismo de pesquisa.

Colocando ordem na casa

Seja por motivos destros ou canhotos 😉, ou pelo simples bom senso de tentar diminuir as incertezas e suspeitas de quem usa a Internet, pode ser benéfico um maior conhecimento e controle da sociedade sobre os algoritmos das redes sociais, mecanismos de busca, grandes sites de compras e outros serviços de grande aceitação (a lei proposta no senado americano prevê atingir qualquer serviço de Internet que mantenha registro de mais de 1 milhão de usuários).

Hoje, todos os serviços de grande consumo, por exemplo água, energia, transportes ou telefonia estão sujeitos a fortes controles, fiscalização e regulamentação dos governos, visando proteger os indivíduos e a sociedade. Nos parece que alguns serviços da Internet estão começando a ocupar um papel tão essencial na vida cotidiana que também precisem de mais controle e regulamentação, similarmente a outros serviços básicos tradicionais.

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segunda-feira, 18 de março de 2019

Não confie em ninguém para guardar seus arquivos

Diga a verdade, prezada leitora e prezado leitor que guardam seus arquivos pessoais, ou da empresa - textos, fotos, bancos de dados , planilhas, etc  - em algum serviço da Internet: Você leu com atenção aquele imenso texto de "Termos de Serviço" ou só clicou no "Aceito"?

Ah, leu os "Termos de Serviço"? Então me diga, o que acontece se eles perderem seus arquivos? Quanto eles vão lhe pagar se eles perderem o seu banco de dados de clientes? E se sumirem todos os seu projetos dos últimos cinco anos?  E, se é que existe um valor, ele cobre o dano?

Infalível. Até o dia que dá pau.
Nesse momento a prezada leitora e o prezado leitor podem estar pensando "Mas isso nunca acontece, essas Big Techs tem sistemas de segurança para não perder arquivos de clientes... ". 

Recomendamos você pensar de novo.

Essa semana por exemplo, o site TechCrunch divulgou que a rede social MySpace pode ter perdido cerca de dez anos de músicas de clientes armazenadas por eles[1]. Nada demais? Se o cliente era músico profissional e usava o serviço para trabalho, pode ser uma bela dor de cabeça.

Sólido como uma nuvem
Sabemos que esses serviços em nuvem (cloud) são super úteis (serviços em nuvem são aqueles que você não precisa se preocupar com quais computadores físicos prestam o serviço, eles estão em um ou mais lugares na Internet). Para muitos usos fica mais prático e fácil guardar arquivos na "nuvem" da Internet do que guardá-los localmente na sua casa ou escritório. 

Você pode acessá-los de qualquer lugar que tenha uma conexão para a Internet e não é preciso se preocupar com ter computadores só para armazenar arquivos, o tamanho da memória deles, a segurança de seu acesso e outras chatices da vida.

Claro que os provedores de armazenamento na Internet tem sofisticados sistemas de redundância e segurança e se esforçam para nunca perder nada, mas se avião de última geração cai, foguete espacial explode, usina nuclear vaza e outros sistemas de tecnologia de ponta falham, não haveria de ser só a turma do Vale do Silício que nunca erra.

Que fazer? 
Os especialistas de segurança recomendam que você tenha pelo menos 3 cópias de seus arquivos importantes, guardadas em lugares diferentes. Se alguém perder ou estragar uma cópia, ainda restam duas. 

Então, para se garantir, você pode por exemplo, armazenar seus arquivos importantes em 3 serviços diferentes  na Internet, ou então 2 de Internet e uma cópia local.

Você poderia, por exemplo, guardar simultaneamente seus arquivos na "nuvem" da Google, na da Amazon e na da Microsoft. Vai encarecer, mas o preço da paz, além da eterna vigilância, é meter a mão no bolso.

Finalmente, o meteoro
Ah, mas se a Google, a Amazon e a Microsoft falharem todas no mesmo dia? Aí você não precisa mais se preocupar com seus arquivos. Provavelmente é o Apocalipse... 😉


[1] Myspace may have lost more than a decades worth of user music https://techcrunch.com/2019/03/18/myspace-may-have-lost-more-than-a-decades-worth-of-user-music/

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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

3 sugestões para seu marketing 3/3 - Incluir vídeo no seu marketing digital

A Cisco – principal empresa americana de produtos de infraestrutura de comunicação da Internet – fez um estudo sobre a participação de vídeo no tráfego da Internet e concluiu que até 2021 vídeo vai ser 82% de tudo que trafega pela rede.

Como vídeo é mais caro e difícil de produzir que um texto ou uma foto, essa dominância só pode ser explicada pelo lado da demanda: as pessoas querem consumir vídeo, mais que outras mídias.

Além disso, se uma foto vale mil palavras, um vídeo vale mil fotos... há muitas ideias e conceitos de marketing e negócios sobre seu produtos e serviços que podem ser passados muito melhor e mais convincentemente por vídeo. E pra fechar essa lista não exaustiva das vantagens do vídeo: vídeo aposta em uma das mais difundidas características humanas, a preguiça.

Entre ler um textão e tentar entender alguma coisa ou só ficar assistindo alguém explicando o assunto, a maioria das pessoas prefere assistir. Somando tudo isso, na nossa opinião fica claro você tem que considerar incluir vídeo no seu marketing.

Porém vídeos não são fáceis de produzir. Se fotos amadoras já ficam com uma cara meio tosca (quando comparadas com o padrão de uma foto profissional de propaganda) vídeo amador então dá vontade de chorar. A câmera mexe errado, o objeto não está bem iluminado, o som pega ruído do carro passando na rua... Para fazer uma graça com seus amigos nas redes sociais, tudo bem. Mas não dá para associar essa falta de qualidade com sua marca.

E aqui cabe mais uma reflexão sobre o profissionalismo. Existem vários canais de vídeo de muito sucesso no Youtube de aparência bem tosca. Mas são canais de entretenimento: garotão contanto piada ou falando de vídeo-game, mãe brincando com a filha e por aí vai. E os mais bem sucedidos tem uma retaguarda de produção profissional, embora façam uma força danada para parecer que tudo aquilo é só uma moça simpática falando naturalmente para câmera.

Dependendo do tipo de produto ou serviço ou de seu público alvo - por exemplo se você vende para gente muito jovem -  você até pode adotar uma linguagem que pareça mais espontânea, mais improvisada, na linha dos Youtubers de sucesso, mas você não imagina a enorme quantidade de trabalho que é necessária para parecer que você não teve trabalho...

Além disso, para muitas empresas não é fácil pensar em um roteiro de vídeo que ajude a atingir os objetivos de marketing e mais difícil ainda se você lembrar que é preciso fazer isso repetida e regularmente. Uma das dificuldades de fazer bem feito é que seu público vai querer mais... 😀

Então pra fechar o post: 1) Pense seriamente em incluir vídeo no seu marketing digital. As pessoas adoram vídeos e eles são muito eficientes para passar mensagens de marketing e 2) Profissionalize desde o começo, fale com uma produtora de conteúdo (como a Vendere) para ter um plano e execução profissional de uma estratégia de vídeo.

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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

3 sugestões para seu marketing 2/3 - Pagar anúncios no Google, Facebook e ou Instagram

Marketing de graça
Houve um tempo em que muita gente acreditou que a Internet tinha vindo para subverter o ciclo de investimento do marketing. No ciclo tradicional, quem tinha dinheiro para fazer marketing vendia mais e com essas vendas tinha ainda mais dinheiro pra fazer marketing e daí vendia mais ainda e daí...

Já no bravo mundo novo da Internet era só fazer um site de graça no Wix ou outro serviço parecido, criar uma página no Face ou Insta de graça, aí publicar nessas redes sociais umas fotos feitas de graça com o celular e pronto! Iam chover clientes e pedidos. A lógica perversa do capitalismo malvadão tinha sido quebrada!

O sonho acabou
Eu detesto ser o portador de más notícias ou destruir sonhos, mas alguém tinha que dizer isso para você: o tempo do marketing de graça (ou baratinho) na Internet acabou. Houve sim uma época de faroeste, quando as grandes empresas e agências de publicidade ainda não tinham percebido todo o  potencial da nova mídia e que, portanto, ainda não tinham jogado toda a sua capacidade de investimento e seu profissionalismo na briga. Nessa pré-história, com pouca grana, alguma criatividade e trabalho duro uma  empresa podia se destacar na Internet. A competição pela atenção era menor e mais amadoresca. Hoje não é mais assim.

Com o passar do tempo, todas as grandes empresas (e as médias, e as pequenas, e a padaria da esquina da sua casa), bem como todas as agências de propaganda do mundo já perceberam o poder da Internet e estão competindo - leia-se investindo - pela atenção dos compradores. Estão criando sites bonitos e funcionais, feitos por profissionais altamente qualificados, sites esses altamente otimizados para SEO - para serem facilmente encontrados em pesquisas no Google - estão postando regular e permanentemente conteúdo de qualidade nas redes sociais. É uma guerra.

Onde há vida há esperança
Mas calma, empresário ou executivo com orçamento apertado, não se jogue do viaduto. A época do marketing de graça na Internet acabou, mas agora (e sempre) inteligência, agilidade, dedicação e esforço continuam sendo um tremendo diferencial competitivo. A agência de marketing digital certa pode conseguir o dobro da atenção pela metade do investimento. Porém, o que que você não pode se enganar é que dá para ter bons resultados na Internet sem um site muito profissional e sem comprar tráfego para ele.

Então nossa segunda sugestão para sua empresa é procurar uma boa agência digital (como a Vendere 😃) e começar a montar uma estratégia de aumento de tráfego da sua presença digital através de anúncios e campanhas no Google, Facebook ou Instagram.

Próximo post da série 3 sugestões para seu marketing: 3/3 - Incluir vídeo no seu marketing digital

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