quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

O que é remarketing?


Remarketing é o marketing especialmente direcionado para o público que você sabe que já teve algum contato anterior com seu marketing - por exemplo visitou o seu site ou sua loja - mas ainda não comprou. A ideia do remarketing é tentar dar um empurrãozinho final naquele possível cliente que veio, olhou, mas por algum motivo ainda está indeciso.

Como é na prática
Você provavelmente já experimentou remarketing, já foi atingido por anúncios de produtos com os quais você tinha tido contato anterior em sites de compras. Por exemplo, você olha uma geladeira no site da Americanas ou um tênis no site da Netshoes. Mais tarde, numa outra hora, quando você está olhando as fotos dos amigos no Instagram, ou as brigas entre esquerda e direita no Facebook, aparece um anúncio da geladeira ou do tênis que você tinha visto.

E a coisa pode perseguir você por dias, às vezes semanas. É só você entrar no site da UOL, para ver as últimas notícias sobre o que a turma do Bolsonaro aprontou, que pimba. Tá lá no meio das notícias um anúncio da geladeira ou do tênis. Muitas vezes, além do modelo que você olhou, também lhe mostram anúncios de modelos parecidos - em estilo ou preço - para caso você não queira comprar exatamente o que viu da primeira vez, alguma outra coisa parecida o convença.

Como funciona
Funciona assim: Primeiro o vendedor coloca no site ou aplicativo dele uma programação especial para que, quando você entrar na página de um produto, o site ou aplicativo grave no seu computador ou celular um pequeno arquivo - tecnicamente chamado de cookie - onde fica registrado qual produto você olhou. Na verdade o site pode, se quiser, registrar todas as páginas por onde você passou, todo o roteiro da sua visita.

Depois o vendedor paga para o Facebook, o Instagram ou o Google para que toda vez que alguém entrar neles (ou sites parceiros deles) seja verificado no computador ou celular dessa pessoa que está entrando se há cookies. Se houver, o Face, o Insta, o Google, ou o site parceiro, mostram anúncios previamente programados para aparecer em conexão aos diferentes cookies.

Lidando com a humanidade
Se você faz marketing digital, ou está pensando em fazer, o remarketing pode ser uma ferramenta bastante útil porque tenta contornar o fato que a maioria das pessoas não compra um produto ou serviço a primeira vez que o vê. Vários estudos mostram que, embora haja uma certa variação de um ramo de negócios para outro, na média, mais de 90% dos visitantes de um site não compram na primeira visita.

É da natureza humana dar uma olhada, dar uma pensada, quem sabe olhar de novo outras vezes e daí, quem sabe, comprar. O remarteking tenta evitar que nesse vai-e-volta você perca o cliente, ou porque ele simplesmente desistiu, esqueceu, ou porque viu coisa melhor em outro lugar.

Para ajudar o vendedor nesta briga, os sistemas que controlam esses anúncios de remarketing são bastante sofisticados e há muitas opções de programação para o anunciante, por exemplo quantas horas ou dias dias depois da visita ao site do vendedor começar a mostrar anúncios, insistir por quanto tempo, mostrar anúncios diferentes a cada visualização e muito mais.

Além disso, como em algum desses sites e aplicativos  tanto  no computador quanto no celular as pessoas mantém a mesma identidade - tem o mesmo usuário, também é possível exibir anúncios no celular para quem viu um produto no computador e vice versa.

Nem tudo são flores
Apesar da utilidade do uso das técnicas de remarketing para os vendedores, ele levanta alguns senões entre os consumidores. O primeiro é uma questão de privacidade. Algumas pessoas podem considerar invasivo saber que tudo o que elas fazem na Internet está sendo registrado e que os sites e aplicativos possam gravar arquivos no computador e no celular delas, sem elas saberem ou autorizarem. 

Por isso na Comunidade Européia já é lei os sites terem que perguntar para seus visitantes, assim que eles entrem em um site que use cookies, se o visitante aceita ou não que sejam gravados cookies. No Brasil a lei que lida com privacidade na Internet, a LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados - não menciona explicitamente cookies, mas muitas empresas interpretaram a partir dos princípios gerais da lei que sim, aqui no Brasil também é preciso uma tela de aceitação de cookies na entrada dos sites.

O segundo problema é que, mesmo que a pessoa aceite cookies,  pode ser desagradável psicologicamente e até contra-producente para o anunciante, a pessoa ser bombardeada por anúncios de um produto que ela olhou no passado e não quer ver mais, ou porque já comprou, ou porque desistiu.

Porém, este segundo problema é mais fácil do anunciante resolver. É uma questão do programador dos anúncios ter sensibilidade - um pouco arte, um pouco ciência - de ajustar a frequência e repetição dos anúncios para maximizar as vendas, enquanto tenta minimizar o incomodo da audiência.

Gostou do post?
Compartilhe! ↓ →