segunda-feira, 30 de novembro de 2020

O que é storytelling?


Storytelling é uma técnica usada no marketing para apresentar informação no formato de uma estória: uma narrativa estruturada nas ações de personagens, reais ou imaginários. 

No princípio...

Das diferentes formas de se transmitir um conjunto de informações entre pessoas, uma das mais bem sucedidas é contar uma estória: uma narrativa estruturada no tempo e em um determinado universo, sobre personagens - seres dotados de razão e emoção - suas motivações e ações, bem como os resultados. 

Desde a Ilíada, passando pela Bíblia e Hamlet, até Guerra nas Estrelas ou Senhor do Anéis, boas estórias tem o poder de atrair a atenção, facilitar a compreensão de temas complexos, gerar envolvimento emocional e transmitir mensagens que são lembradas por muito tempo. Exatamente o que você gostaria que seu marketing fizesse.

O prezado leitor pode achar os exemplos de estórias que dei muito grandiosos ou muito distantes do dia a dia do seu marketing. Mas você não precisa contar uma estória de 1.500 páginas, começando na Criação e terminando no Apocalipse, para impactar a sua audiência. Um comercial de Natal da Coca-Cola consegue isso com pouco mais de 2 minutos. Um da Budweiser com pouco mais de 1 minuto. 

Era uma vez um executivo de marketing

Tá, eu sei. Da Ilíada pra Coca-Cola é um tombo, mas ainda estamos no Olimpo... Vou então baixar muuuiiito a bola, para deixar essa conversa de storytelling mais próxima de nós, humildes mortais. 

Se eu fosse falar da Vendere para você prezada leitora e prezado leitor, eu poderia seguir dois caminhos diferentes. Um seria listar nossos serviços, os segmentos de mercado onde atuamos e dar alguns números. Ou poderia contar que em 2002, um executivo de multinacional se sentiu incomodado com o serviço que muitas agências de propaganda e marketing prestavam na época. 

Ele percebeu que as agências estavam muito orientadas para o mercado de consumo e que tinham dificuldade em entender a mensagem da alta-tecnologia, ou a dinâmica de vendas de baixo volume. Talvez entendessem, mas não quisessem se desfocar do consumo porque lá é que moram as grandes verbas publicitárias.

Pensou: "já que ando sonhando com arriscar migrar de executivo para empresário, vou fundar uma agência de marketing para atender alguns nichos de baixo volume e mensagem complexa, onde as agências convencionais atendem com má vontade".

O destino interveio, como intervém em todos os caminhos. Na época o marketing na Internet começou a decolar e nosso protagonista, formado em ciência da computação e com anos de marketing nas costas, estava bem qualificado para a revolução que raiava. 

Um tico de talento, outro de sorte, a inestimável ajuda dos amigos e muito trabalho duro depois, hoje em dia...

O fim

Vamos deixar o fim da estória aberto. O capítulo em que você contrata a Vendere para fazer seu marketing digital ainda está sendo escrito 😀.

Se essa apresentação Power Point durar mais 5 minutos eu vou me atirar pela janela

Nem toda a informação pode ser estruturada como uma estória, como fizemos com o perfil da Vendere acima.  Na verdade, na maioria das situações, frias listas ou tabelas de fatos e dados são mais adequadas que pessoas, sentimentos, motivações ou finais felizes. A análise do balanço sempre será apresentada através de bullets e gráficos de barra em uma interminável apresentação Power Point. 

Por outro lado, não é só a história da empresa que pode ou precisa ser contada como uma estória. Como exemplos, podem dar boas estórias casos de sucesso com clientes, ou como surgiu a ideia de alguns produtos, ou a vida e a relação com a empresa de alguns funcionários.

Há espaço para ficção. Você pode hipoteticamente exemplificar um tipo de problema que um cliente teria e a solução que você daria. Valem também estórias totalmente fantasiosas (como os comerciais dos links acima) só para efeito de entretenimento, criação de boa vontade e recall da marca.

A mentira tem perna curta

Antes de encerrarmos este post, uma dose de cautela: É muito importante, no uso de storytelling no seu marketing, deixar absolutamente claro para seu público quais estórias são reais e quais são ficções criadas com propósito de entretenimento, propósitos educativos ou outros. 

Para você contar no seu marketing que o molho de tomate que você vende é uma receita que sua bisavó  trouxe na malinha de imigrante quando chegou  no porto de Santos vinda de Nápoles, é necessário que seja verdade. 

Porque se você contar como real uma estória inventada, nesses tempos de Internet há grande chance de você ser descoberto e daí ser massacrado nas redes sociais e na mídia. Desonestidade, mais cedo ou mais tarde acaba se voltando contra o seu praticante.

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