quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

O que é presença digital?


Como uma empresa existe e se apresenta na Internet - a presença digital da empresa - é fundamental para a construção da sua marca e sua relação com clientes e potenciais clientes. Com as restrições atuais à movimentação física das pessoas, a presença digital aumenta ainda mais sua importância.

Definindo melhor
A presença digital de uma empresa é o conjunto de todos os espaços permanentes e temporários ocupados por uma empresa na Internet e, portanto, todos os possíveis pontos de contato da empresa com o público, via meios digitais.

Na presença de uma empresa na Internet há espaços que ela controla totalmente, como por exemplo o seu site e anúncios ou campanhas digitais que faça. Há outros que controla parcialmente ou pelo menos tenta influenciar, como por exemplo como ela aparece nas redes sociais das pessoas e nas respostas às pesquisas feitas no Google. 

Por último ainda há espaços da presença digital que a empresa não controla, como por exemplo comentários ou opiniões sobre sua marca, produtos e serviços, publicados por terceiros.

Os principais espaços da presença digital

1) Site
O site é o espaço central da presença digital de qualquer empresa ou organização. É certamente para lá que um cliente potencial vai quando avança um pouco o interesse dele na empresa, produtos ou serviços. Nessa espaço crucial uma experiência de alta qualidade é vida ou morte para uma possível negociação começar, ou andar.
 
2) Blog e/ou vlog
Se você pensa que vai conseguir passar as vantagens técnicas do seu produto ou serviço em uma dancinha engraçada de 15 segundos no TikTok, por favor pense de novo. Qualquer empresa que tenha, ou queira ter,  um produto ou serviço minimamente diferenciado precisa de um formato longo de comunicação: posts em um blog e/ou vídeos no YouTube.

3) Páginas e perfis nas redes sociais
O sucesso das redes sociais é tremendo (às vezes até demais, é só você procurar para ver vídeos de pessoas que caem em bueiros ou são atropeladas, porque não conseguem levantar os olhos do celular...) Dado esse e outros sintomas do sucesso óbvio das redes sociais, é certo que a maioria do seu público alvo, seja qual for, acessa uma rede social ou outra. 

Porém, as rede sociais tem públicos diferentes, bem como estilos e tipos de conteúdo diferentes. Pode otimizar seu investimento escolher as redes sociais mais adequadas à demografia do seu público alvo e tipo de produto ou serviço que você vende.

4) Anúncios
Eu não queria ser portador de más notícias, mas alguém tinha que dar essas duas para você:
1) Aquele cara que lhe garantiu que vai colocar seu site no primeiro lugar das respostas a todas as pesquisas do Google está mentindo (o Google não se tornou a maior empresa de pesquisa na Internet no mundo sendo fácil de enganar)
e
2) O Facebook, o Instagram e demais redes sociais vão mostrar para um número cada vez menor de pessoas o conteúdo que você posta (estão cada dia mais congestionados de usuários e postagens). 

Se você quiser ter uma presença digital consistente no Google e nas redes sociais, o caminho é pagar anúncios.

Ninguém tem uma segunda chance de causar uma primeira impressão
Possíveis novos espaços para a presença digital de uma empresa existem aos montes e novos surgem todos os dias.  Porém, quanto a isso, vamos compartilhar aqui uma consultoria que damos para nossos clientes: é melhor ter uma presença digital menor, mas de alta qualidade, do que tentar estar em muitos lugares o tempo inteiro.

Por exemplo um esforço para postar todos os dias no blog e em 4 redes sociais diferentes pode gerar postagens de baixa qualidade que trarão mais prejuízo que ajuda. Uma má impressão construída por conteúdo apressado, ou feito sem muito cuidado, é difícil de tirar depois.

Outro exemplo: o visitante que gostar do seu site talvez ligue dessa vez ou talvez não, mas o visitante que não gostar com certeza não vai ligar. E pior, provavelmente não volta mais para lhe dar uma segunda chance. Você volta em restaurante onde a comida estava ruim ou onde foi mal atendido?

Então você tem que caprichar no site, mesmo ao custo de deixar de ter algum outro item de presença digital, se sua equipe ou orçamento forem restritos.

O futuro não é mais como era antigamente
Antes da pandemia havia negócios para os quais a presença digital não era muito importante. Algumas  empresas até não tinham presença digital ou ela era semiabandonada. Tendo um bom endereço comercial para receber clientes, ou com o vendedor podendo ir visitar ou se reunir com clientes quantas vezes fosse necessário, pra que ficar caprichando tanto em atualizar site? 

Porém hoje, com o distanciamento social, com as pessoas evitando reuniões ou visitas, sem uma presença digital atualizada e de qualidade qualquer negócio fica prejudicado. Sabemos que para muitas empresas B2B (empresas que vendem para outras empresas), ou B2C (empresas que vendem para o consumidor) de vendas mais complexas, não faz sentido e-commerce ou outros modelos de vendas self-service no site. Mas mesmo nesses tipos de negócios onde o vendedor pessoa física é fundamental, hoje em dia muito da jornada de compra do cliente tem que ser apoiada pela presença digital da empresa.

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

O que é teste A/B no seu marketing digital


Os maiores sábios se enganam quando não testam suas hipóteses. O mesmo vale para o seu marketing digital. Bora conhecer o teste A/B.

O erro de Aristóteles

Reza a lenda, que o famoso sábio grego Aristóteles, que até hoje mais de 2 mil anos depois ainda é estudado nas universidades do mundo inteiro, em um tratado sobre anatomia, afirmou que as mulheres tinham um número menor de dentes na boca que os homens. 

Como um gênio pode cometer um erro tão grosseiro? Supõe-se que raciocinou que as mulheres na média são menores, comem menos e são menos agressivas que os homens. Além disso, no reino animal, muitos machos tem presas maiores e mais aparentes.  Fazia sentido para ele, que a natureza tivesse dotado as fêmeas humanas com menos dentes na boca.

A única coisa que ele não fez foi chamar a Senhora Aristóteles, pedir para ela abrir a boca e contar. Para ter certeza mesmo, também contar em muitas outras mulheres e homens, antes de formar uma opinião. Se tivesse feito isso, submetido sua hipótese a testes repetidos e rigorosos, teria percebido que o mundo nem sempre funciona do jeito que parecia lógico que funcionasse para ele. 

De quebra, teria inventado, com uns 1.800 anos de antecedência, o que chamamos hoje de método científico: por mais lógica e sensata que lhe pareça uma ideia, por mais convicção que você tenha nela, só dá para ter certeza da verdade dela depois de muitos e cuidadosos testes.

Corta o filme e pula pro século 21

À prezada leitora e ao prezado leitor que aguentaram firme nossa longa introdução filósofo-histórica, vamos ao ponto: ideias de marketing são como quaisquer outras ideias. Podem parecer funcionar para quem as teve, mas só dá para ter certeza testando. 

Porém, historicamente, havia um problema em testar marketing, além da característica soberba dos publicitários e da pressa de por a campanha no ar: era caro. Por exemplo, você tinha que criar e filmar diferentes comerciais de televisão do produto, exibi-los para grandes grupos de pessoas e fazer questionários de pesquisa para saber qual era melhor.

Isso mudou. A Internet trouxe uma revolução para o conceito de testar marketing. Para qualquer item de marketing que vá interagir com o público - páginas do site, landing pages, anúncios no Google ou em redes sociais, etc. - é relativamente fácil e barato criar mais de uma versão e automaticamente, através de programação, exibir alternadamente as diferentes versões e amostrar qual versão dá mais resultado.

É isso

Como a prezada leitor e o prezado leitor já devem ter percebido a esta altura, fazer teste A/B é criar duas versões de uma peça de marketing digital (a versão A e a versão B, daí o nome) e exibi-las de forma alternada por um tempo, até constatar qual mais eficiente. 

Mais "eficiente" é aquela que conseguir mais do seu objetivo com aquela peça de marketing, sejam cliques, downloads, ligações, compras, etc.

Você pode descobrir que, por exemplo mudar uma chamada, um título, uma foto do produto ou o jeito com que você apresenta suas vantagens, pode fazer grande diferença na aceitação do público. Já vimos casos em que apenas mudar a posição de um botão, em uma página do site, já faz mais pessoas clicarem nele. 

Existem várias ferramentas que suportam testes A/B, por exemplo os próprios Google e Facebook, entre outros, permitem você criar duas versões de um mesmo anúncio, automatizar sua apresentação alternada e monitorar os resultados de cada versão.

Tem o A e tem o B. Mas e o C?

Embora o nome A/B sugira apenas duas versões, testes A/B podem envolver 3 ou mais versões daquilo que você quer testar. 

Porém, nossa experiência mostra que um bom teste A/B tem que tomar pelo menos dois cuidados: 

1) Não testar muitas versões, para não diluir a significância estatística de cada uma
e
2) Todas as versões da peça envolvidas no teste terem sempre a mesma e única variável alterada, de uma versão para outra, para se ter certeza do que foi que provocou o resultado diferente.

Conclusão

Os marqueteiros sempre confiaram na sua sensibilidade de entender a buyer persona, suas dores e anseios, bem como confiaram na sua criatividade para produzir o conteúdo certo para atrai-la, convencê-la e fidelizá-la. 

Essas habilidade continuam importantes hoje, mas podem ser refinadas e ajustadas por uma atitude permanente de teste de mercado, possível pelas ferramentas de teste A/B providas pelas plataformas digitais.

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