quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

6 dicas para usar conteúdo gerado pelo cliente no seu marketing digital

Uma opção para ajudar atender a demanda crescente de conteúdo novo em sites e redes sociais é pedir para seus clientes criarem conteúdo para você, especialmente fotos e vídeos. Além de economizar na criação e produção, conteúdo criado fora da "bolha" da sua própria empresa pode trazer ideias inovadoras de marketing e utilização dos produtos. De quebra, a pessoa que tiver seu conteúdo publicado no seu site tende a compartilhar isso nas redes sociais dela, aumentando o alcance do seu marketing.

Porém, conteúdo gerado pelos clientes traz, junto com as vantagens, riscos e dificuldades que precisam ser enfrentados, principalmente  o fato que o conteúdo pode ser de qualidade ruim: foto mal tirada, vídeo mal feito ou utilização inadequada dos produtos. Dado isso seguem nossas 5 dicas para utilização de conteúdo gerado pelos seus clientes no seu marketing:

1) Verifique questões legais ligadas à direito de propriedade e uso de imagens: Converse com um advogado sobre possíveis permissões legais que você precisará informar e pedir autorização dos seus clientes, para poder usar imagens geradas por eles em seu marketing, em particular se as imagens contiverem pessoas.

2) Estimule o envio do tipo de conteúdo que você quer: Pode até ser que seus clientes enviem espontaneamente , ou postem nas suas redes sociais, conteúdo útil ao seu marketing, mas o mais eficaz é você pedir. Com isso, não só você aumenta a quantidade de envios úteis como pode determinar mais ou menos o assunto e o formato que você precisa, por exemplo: "Envie vídeos de até 5 segundos segurando o celular na horizontal, de um local que você visitou com os pacotes de viagem da nossa agência de turismo".

3) Selecione só os melhores: A grande maioria das fotos e filmes postadas em redes sociais são péssimos, considerando os padrões de uma fotografia profissional de marketing. Então, não deixe suas redes sociais abertas para as pessoas postarem as fotos e filmes que bem quiserem, peça para elas enviarem por e-mail ou Whatsapp e selecione só as melhores. Claro que, às vezes você pode deixar passar uma foto piorzinha até para dar mais autenticidade ou intimidade, mas a escolha sempre tem que ser baseada no que for melhor para seu marketing.

4) Avise claramente que vai selecionar só uma pequena parte do material: não só todo mundo se ilude que tira fotos e filma bem, todo mundo acha que o próprio filho é bonito.... então se alguém manda a foto do filho usando uma das camisetas que você vende e a foto não é publicada no seu site a pessoa pode até se ofender. Então é preciso avisar claramente que só uma pequena parte será publicada e já pedindo desculpas pelos não publicados: "Agradecemos a imensa adesão que o nosso concurso de fotos de jeans customizados teve junto aos nossos clientes, só lamentamos que, devido a  uma questão de espaço, só podermos publicar uma pequena parte..."

5) Renove periodicamente o pedido de conteúdo e o respectivo tema: Um pedido com começo meio e fim, por exemplo um concurso com uma data final de publicação dos resultados recebe mais envios que um pedido em aberto, permanente, de envio de conteúdo de marketing. Com isso você também pode ir renovando o tipo de conteúdo que solicita, conforme suas necessidades vão mudando.

6) Permita uma certa lateralidade de tema em relação aos seus produtos ou serviços: para alguns negócios pode ser mais fácil achar temas para pedir para as pessoas mandarem fotos ou vídeos, mas mesmo para esses, permita-se pensar temas próximos, que não envolvam diretamente fotos dos seus produtos. Por exemplo se você vende bicicletas, o óbvio são fotos de pessoas pedalando ou próximas às suas bikes, mas você poderia por exemplo pedir fotos de pontos turísticos onde as pessoas foram pedalando.

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segunda-feira, 26 de novembro de 2018

7 dicas para o marketing de médicos, dentistas e clínicas na Internet

As profissões médicas tem características muito especiais, de dedicação à ciência e ao paciente, de sacrifício pessoal em horas incontáveis de estudo e trabalho, mas tem um lado em comum com outras atividades do mundo moderno: não basta ser competente e ético. É necessário investir algum tempo e dinheiro em conversar com o público.

Na nossa opinião, médicos, dentistas, clínicas e hospitais, além do seu trabalho primário precisam ter uma preocupação com comunicação de marketing, visando conseguir novos pacientes, conversar com os atuais e seus familiares, conversar com os planos de saúde e até realizar serviços de utilidade pública. E a internet é a plataforma de melhor custo / benefício para isso.

Então aqui vão nossas 7 dicas de comunicação de marketing na Internet para médicos, dentistas e clínicas:

1) Verifique as normas de publicidade médica dos Conselhos de Medicina.
Dê uma verificada nas normas do Conselho Federal de Medicina para publicidade médica e veja se o Conselho de seu estado tem normas locais. Medicina não é um serviço qualquer e as possibilidades para sua publicidade, convencional ou digital, são restritas. Por exemplo, publicar preços, garantir resultados ou anunciar exclusividade de algum procedimento, entre outras coisas, não são permitidos.

2) Invista em um bom site.
Após escolher alguns candidatos a atendê-lo no site do plano de saúde ou depois de ter recebido uma recomendação de um amigo ou familiar, o paciente quase certamente vai dar uma olhada no nome daquele médico, dentista ou da clínica na Internet, antes de marcar uma consulta ou procedimento. Nessa hora, um site bem feito é a melhor apresentação. Já um site mal feito ou amadoresco pode afugentar, mesmo que o profissional ou a clínica sejam excelentes.

Além disso o site pode ser uma ferramenta para melhorar a experiência do paciente no pré e pós marcação da consulta (e também pós consulta), podendo conter desde de um óbvio mapa de como chegar e foto da fachada, bem como respostas às perguntas mais frequentes (o que economiza tempo e otimiza o atendimento), até áreas protegidas por senha para já pacientes terem acesso a informações mais detalhadas ou específicas.

3) Crie um blog.
 A publicação regular de artigos de divulgação científica, saúde pública ou cuidados preventivos de saúde em um blog de médico, dentista ou clínica pode ajudar em pelo menos 2 frentes:

- facilitar ser encontrado por pessoas pesquisando assuntos correlatos no Google, na hora de preocupação e necessidade ou fora dela,  e

- reforçar a imagem de conhecimento, atualização técnica e preocupação com as pessoas e a sociedade.

Dada a vida corrida do médico ou dentista para ele mesmo escrever todos esses artigos, uma boa agência de conteúdo (como a Vendere 😄) pode ajudar nessa hora.

4) Avalie criar um vlog (vídeo-blog).  
Os mesmos efeitos positivos da publicação regular de artigos podem ser potencializados com a publicação regular de vídeos dos profissionais médicos, falando sobre diversos assuntos. As vantagens de vídeo são que as pessoas tendem mais a assistir vídeos do que ler textos mais longos e o vídeo pode ajudar a estabelecer uma relação de confiança pessoal, com o profissional médico que aparece no vídeo.

No entanto é necessária alguma avaliação preliminar, porque os custos de produção de vídeo são maiores do que textos para um blog e nem todo mundo fica bem, ou se sente seguro, na frente das câmeras. De novo, essa também é uma hora que uma boa agência de conteúdo pode ajudar a avaliar a presença em vídeo dos profissionais, sugerir assuntos e roteiros e produzir os vídeos.

5) Avalie patrocinar termos de pesquisa no Google. 
Alguns pacientes chegam até o médico ou clínica por indicação, outros pela lista do plano de saúde, mas muitos outros pesquisam no Google a especialidade ou o procedimento que precisam. Por exemplo colocam no Google "ginecologista no bairro da Lapa", "cirurgia de catarata", "fisioterapia para joelho" ou "dentista que faz clareamento".

O médico, dentista ou clínica pode patrocinar no Google as palavras e frases associadas à sua especialidade e quando alguém fizer a respectiva pesquisa, o Google mostra o anúncio do médico. No entanto essa seleção de palavras e possíveis regras de restrição e delimitação do público-alvo não são triviais, você pode precisar da ajuda de uma boa agência digital  (como a Vendere 😄).

6) Crie no seu site paginas de chegada (landing-pages) para os termos e frases que patrocinar no Google 
Se você patrocinar palavras ou frases no Google, faz sentido você criar no seu site uma página específica sobre cada tópico patrocinado, explicando o problema e o tratamento oferecido.

Se o possível paciente pesquisar "clareamento dental", vir o seu anúncio sobre isso e clicar, ele não quer ser levado a uma página genérica de site de dentista. Ele quer ver clareamento dental. Parece óbvio, mas é um erro muito comum de anunciantes na Internet.

7) Tenha cuidado com as redes sociais.
Estar numa rede social é de graça e o próprio médico, um assistente ou outrem - não especializado em informática ou marketing - pode atualizar regularmente. À primeira vista parece ótimo.

Porém, há custos e riscos ocultos: primeiro a qualidade esperada do conteúdo de uma rede social profissional é muito maior que de uma rede pessoal. Não é foto de aniversário feita com celular. Depois, comentários e postagens paralelas podem facilmente fugir do controle nas redes sociais. Por exemplo uma reclamação, mesmo que injustificada ou indevida, pode ser vista ou compartilhada por milhares de pessoas e provocar um estrago na reputação.

As redes sociais - para uso profissional - precisam de atualização e monitoração profissional permanente. Você vai ter que pagar uma pessoa, uma equipe ou uma agência para cuidar. E mesmo assim, o risco de comentários negativos difíceis de lidar nunca pode ser totalmente descartado.

8) Prioridades (Dica bônus. Título de lista com número par de itens é menos clicada 😉)

Em pleno século 21, nenhum médico, clínica ou dentista pode se dar ao luxo de não ter presença digital. Todo mundo tem um celular na mão e é natural, quase automático, o próprio paciente e/ou a família pesquisar uma indicação, ou um nome da lista do plano de saúde.

No entanto, o tempo, orçamento e atenção do prezado médico ou responsável por clínica que nos leem são limitados, nem sempre dá para se fazer tudo. Então como sugestão , segue a ordem de prioridades que acreditamos deveria ser seguida:

0 - Site. (Tem que ter). 1 - Blog. (Muito bom ter). 2 - Vlog (muito bom mas precisa avaliar custo e viabilidade). 3 - Anúncios no Google + Respectivas landing pages no site (Vale um teste para ver se no caso em particular traz novos pacientes). 4 - Redes Sociais (Pode funcionar para medicina eletiva, mas o custo para fazer direito é bem maior do que parece à primeira vista)

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sexta-feira, 16 de novembro de 2018

O que é SEO Search Engine Optimization?

SEO - Search Engine Optimization, é um conjunto de técnicas para você tentar fazer o Google dar a resposta que você gostaria, quando as pessoas fizerem uma determinada pesquisa. 

Por exemplo se você tem uma loja de bicicletas, as técnicas de SEO servem para você tentar fazer o Google colocar o site da sua loja como uma das respostas para as pessoas que estejam pesquisando uma bicicleta para comprar. E, além disso, tentar fazer o Google mostrar o site da sua loja antes dos sites das lojas concorrentes, na lista de respostas à pesquisa.

Como é que se faz SEO
Fazer SEO portanto, é tentar saber quais são os critérios que o Google usa para escolher as respostas a uma pesquisa e daí alterar seu site para atender esses critérios. Este processo também pode envolver outros sites, se você tiver controle ou influência sobre eles, porque o Google valoriza que sites de terceiros tenham links para o seu.

Porém, um problema nessa história toda de tentar adaptar o seu e outros sites para a pesquisa do Google - que chamamos de fazer SEO - é que o Google só divulga parte dos critérios que usa, na complexa tarefa de escolher e ordenar sites como resposta a uma pesquisa. A maior parte de como ele faz ele não conta.

Tem coisas que são óbvias, como por exemplo o seu site precisa ter informações sobre bicicletas para ser resposta a uma pesquisa sobre bicicletas, mas os exatos fatores que o Google usa para concluir que o site da sua loja de bicicletas deveria ser listado antes do site da loja de seu concorrente não são sabidos. São motivo de especulação de todos os marqueteiros do mundo, que vão tentando descobrir por observação, somada a tentativa e erro.

Mas SEO funciona?
Sim. O próprio Google divulga coisas que ele prefere em sites, por exemplo rapidez. Se todo o resto for igual, o site mais rápido aparece antes na lista de respostas que o site mais lento. 

Então, se você cuidar para o seu site seguir uma boa lista dos critérios conhecidos de preferência do Google, aumentam as chances de ele ser listado numa posição melhor que um outro site que fale do mesmo assunto e não tenha tido esse cuidado.

Não tem milagre
No entanto, você tem que ajustar as suas expectativas para os limites do que pode ser obtido com um projeto de SEO. Você mexer no seu site para agradar o Google só ajuda até um certo ponto, principalmente porque a resposta que o Google dá a cada pesquisa é otimizada para a pessoa em particular que está pesquisando, baseado nas informações demográficas e geográficas da pessoa e no histórico de tudo o que ela pesquisou e navegou no passado. 

Já o seu site é um só, é impossível ele ser sempre a melhor resposta à imensa diversidade de perfis e históricos diferentes das pessoas fazendo pesquisas.

Se por exemplo, nesse exato momento você pesquisar "comprar Mountain bike" no seu celular e eu fizer o mesmo aqui no meu, a lista de sites que o Google vai mostrar para você é diferente daquela que vai mostrar para mim, baseado no que ele sabe a nosso respeito. O site de uma determinada loja de bicicletas pode aparecer na lista de respostas numa posição melhor para mim e pior para você ou vice-versa, independente do SEO que por ventura tenha sido feito nele.

O que fazer então?
Seguem as nossas sugestões para tentar melhorar sua posição nas respostas às pesquisas:

1) Procure tornar seu site uma boa resposta às perguntas dos clientes. Se o Google é muito eficiente em dar uma boa resposta para cada pesquisa, fazer do seu site uma boa resposta às possíveis perguntas dos seus clientes é uma das maneiras mais eficazes de melhorar o posicionamento dele nas listas de respostas.

É trabalhoso, mas se você identificar bem seu público alvo, que informações ele gostaria de ver e daí colocar essas informações no seu site, aumentam suas chances na listagem do Google. De quebra, se a pessoa clicar e for ao seu site, este será mais convincente. Mas não basta colocar uma vez só, é preciso atualizá-las e melhorá-las com frequência, porque a novidade também é valorizada.

2) Aplique no seu site as técnicas de SEO publicadas pelo próprio Google. Nos sites do Google há publicadas uma série de boas práticas , como por exemplo legendar as fotos e garantir uma boa visualização nas telas pequenas de celulares, entre outras. Além disso o Google também tem uma série de ferramentas públicas e gratuitas de análise de sites que podem verificar seu site e sugerir alterações.

3) Desconfie se lhe oferecerem técnicas exclusivas ou infalíveis que "garantam" uma posição para o seu site. O Google não se tornou a maior empresa de pesquisa na Internet no mundo sendo bobinho e fácil de enganar. Ele tem um exército dos melhores programadores de computador do mundo, refinando continuamente os sistemas para derrubar possíveis "truques" de artificialmente melhorar a posição de um site. 

Técnicas miraculosas não só podem desperdiçar o tempo e o dinheiro que você vai gastar nelas como, dependendo do que for feito, existe até o risco do Google penalizar seu site. O Google muitas vezes dá um puxão de orelha bem dolorido em quem tenta enganá-lo com técnicas não muito ortodoxas, banindo o site infrator de aparecer nas respostas a pesquisas.

4) Lembre-se que seu cliente é uma pessoa, não os robôs do Google. Não adianta o seu site ser o primeiro da resposta de uma pesquisa, daí o cliente clicar no link, mas quando ele chegar no seu site ele não gostar do que vê.  Um exemplo desse conflito: quanto menor e de mais baixa resolução for uma foto, menor é o arquivo e mais rápido é o site, agrada o robô do Google, pode subir o site na lista de respostas. 

Já um ser humano tem mais chance de querer comprar um produto vendo fotos de boa qualidade dele - arquivos maiores que deixam o site mais lento, pode descer o site na lista de respostas.

5) Considere fazer anúncios pagos. Nos primeiros anos do século 21, quando havia poucos sites de empresas concorrendo em cada segmento de negócios e a própria ideia de SEO - otimizar um site para ser achado pelo Google - era uma novidade, um site um pouco mais otimizado podia fazer uma bruta diferença. Naquela terra de cegos de 2010, quem tinha um olho era rei.

Hoje, há um número gigante de sites concorrendo por cada pequeno nicho de mercado e as boas agências digitais já fazem todos os sites, desde o projeto, embutindo otimizações para ele ser achado pelo Google. Então, na nossa opinião, para aumentar a audiência do seu site, além de uma possível otimização SEO, vale a pena você fazer campanhas de anúncios pagos, no próprio Google, no Facebook, Instagram ou YouTube.

Nós acreditamos que é sensato você não confiar só no tráfego orgânico - gratuito - que porventura as pesquisas possam trazer ao seu site e se garantir investindo em comprar tráfego com anúncios.

Observação: Tudo que dissemos sobre SEO neste post vale para qualquer site de pesquisa, como Bing, Yahoo, DuckDuckgo, Ask.com, etc. Mas, sendo realista, dada a dominância do Google no mercado de pesquisas, geralmente quem faz SEO o faz tentando agradar o Google.

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quinta-feira, 1 de novembro de 2018

O que é inbound marketing?


Inbound marketing, ao pé da letra, quer dizer marketing de entrada. Na prática, trata-se de um tipo de marketing onde o possível cliente entra espontaneamente, ele vem ver por vontade própria. Isso é o contrário do marketing tradicional, às vezes chamado de outbound marketing - marketing de saída - onde você é que sai atrás do cliente, tentando forçá-lo a ver suas mensagens.

Goela abaixo
Há muito tempo os marqueteiros sabem que, se houver opção, as pessoas fogem como o diabo da cruz da maioria das formas mais intrusivas de marketing. Ser interrompido na hora de maior emoção do filme pra ver o comercial de margarina. Receber ligação do telemarketing bem no meio do jantar. Ter que esperar os 5 segundos para pode clicar no "Pular Anúncio" antes de ver um vídeo no YouTube...

De maneira geral, ninguém gosta de ser forçado a ver uma mensagem que não pediu para ver. Uma das maneiras de se contornar esse problema é tentar criar conteúdo que as pessoas queiram ou precisem e que venham de livre e espontânea vontade consumir. Há vários jeitos de se fazer isso, mas a forma mais comum é se criar conteúdo técnico ou informativo sobre o segmento de mercado do produto ou serviço que se quer vender: aulas, tutoriais, dicas e explicações.

O canto da sereia

Para fazer os clientes verem espontaneamente seu marketing, se por exemplo você vende serviços financeiros, pode criar um e-book (um livrinho digital) ensinando como investir na crise. Se vende cosméticos, pode criar uma série de vídeos com tutoriais de maquiagem. Se vende marketing digital, pode criar um blog com informação sobre marketing na Internet...  😏

Esse tipo conteúdo, além de não interromper nem chatear as pessoas, que o acessam porque querem, permite reforçar sua imagem como um especialista no seu segmento. Você não só diz que tem conhecimento sobre o assunto, você mostra que tem. 

De quebra, a Internet permite que você peça informações sobre a pessoa para liberar o acesso ao conteúdo, por exemplo pedir para a pessoa dar o e-mail dela antes de você deixá-la fazer o download do livrinho que ela quer. Além de passar sua mensagem, você já recebe um lead - um possível cliente - para quem você pode tentar vender depois.

Problemas
Nem tudo são flores no jardim do Inbound Marketing. Os 3 principais espinhos são:
 
1) Dependendo do seu segmento de negócio, pode ser mais difícil encontrar conteúdo informativo e atraente, relacionado a ele. Alguns produtos e serviços exigem uma dose especial de criatividade para se poder criar um fluxo regular de conteúdos ligados a eles.

2) Com a enxurrada de conteúdo de todos os tipos na Internet, o seu tem que ter muita qualidade e profissionalismo para se destacar e provocar interesse. O marketing digital é fundamentalmente uma briga por atenção.

3) Não adianta fazer conteúdo de Inbound Marketing uma vez só. É preciso criar um processo de criação e publicação regular de conteúdo, primeiro porque pode ser preciso tocar o cliente várias vezes antes de ele se decidir e depois porque toda empresa precisa vender no curto, médio e longo prazos.

Se sucesso fosse facinho todo mundo fazia
Uma das qualidades de uma boa agência digital  - como a Vendere 😀 - é desenvolver ao longo do tempo profissionais e métodos para lidar com essas dificuldades, ser capaz de criar um fluxo regular e permanente de conteúdo atraente para Inbound Marketing, independente do ramo de negócio do cliente da competição por atenção naquele nicho.

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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

5 dicas para seu marketing de conteúdo

A essa altura, toda empresa já sabe que precisa publicar regularmente na Internet, para se manter relevante. Mas publicar o que?

Fragmentação
Uma mudança importante que as redes sociais introduziram na maneira das pessoas consumirem conteúdo - textos, vídeos, gráficos, animações, etc. - foi que a quantidade de itens aumentou e o tamanho de cada um diminuiu. 

O grosso dos posts nas redes sociais é só uma foto com uma legenda de um linha e algumas hashtags. Também se vê gifs (imagens animadas) ou vídeos de alguns segundos. Texto sozinho, quando  às vezes aparece, é apenas um aforismo ou uma frase de efeito.

Essa tendência de se consumir conteúdo em "bocadinhos" nas redes sociais é tão forte que criou a expressão pejorativa "Textão" ou "Textão no Face", para quando algum coitado, incompreendido, tenta expressar uma ideia um pouco mais elaborada do que 5 linhas. O cara desabafa e acha que vai mudar o mundo, mas não só ninguém lê, como ainda debocham...  

Além disso, nas redes sociais todo conteúdo é extremamente efêmero: em segundos vai ser soterrado debaixo de uma interminável sequência de outras publicações amadoras e profissionais que vão aparecendo na tela.

Para o marqueteiro digital isso cria desafios: algumas ideias são mais complexas e difíceis de passar do que o permitido por 2 linhas de texto ou um gif de 3 segundos. Provavelmente muitas coisas importantes sobre sua empresa e seus produtos o são, especialmente se você trabalha com produtos ou serviços que não tenham muito apelo visual.

E mesmo que com muita criatividade você consiga compactar alguns conceitos complexos no formato de meme, não é fácil ele ser notado (e quem dirá lembrado) em meio à uma interminável avalanche de conteúdo.

 É prezado leitor, fazer marketing digital pode ser dureza. Mas como dizia meu saudoso pai, a gente tem que trabalhar com o jeito que o mundo é, não com o jeito que a gente gostaria que o mundo fosse... Então vão aqui algumas dicas para sua empresa fazer marketing com conteúdo levando em consideração a maneira atual de se consumir conteúdo:

1) Produza muitas unidades de pequena quantidade de conteúdo para as redes sociais
Se as pessoas gostam de bocadinhos, dê a elas bocadinhos, sabendo que é só para se manter lembrado e querido, fazer o famoso branding. Passar ideias mesmo, só as muito básicas sobre sua empresa, produtos, serviços e diferenciais.

2)  De vez em quando você pode fugir um pouco do seu tema principal
Para certos ramos de negócio, como moda e comida por exemplo, é mais fácil produzir uma grande fileira de bocadinhos de conteúdo, por exemplo publicar uma foto de peça de roupa ou prato de comida por dia, mas para a grande maioria das empresas não é tão simples. 

Então, para ter o que publicar com frequência você pode dar uma fugidinha lateral dos produtos ou serviços que você vende, por exemplo fazer posts sobre ecologia ou alguma outra causa popular ou benemérita.

Sinalizar virtude é só um exemplo do que dá para postar para ter um pouco mais de assunto para postagens frequentes. Com um pouco de reflexão (e ajuda de uma boa agência digital) você poderá encontrar uma série de tópicos de seu mercado, da relação dele com a sociedade ou notícias que podem fazer sentido no fluxo de postagens da sua empresa.

3) Use as redes sociais como isca para trazer as pessoas para seu site
Um dos problemas das redes sociais é que você não controla a conversa. Enquanto você está tentando passar sua mensagem outras empresas e pessoas também estão, em cima, em baixo e dos lados... se você tiver sempre chamadas ou links para seu site nos seus posts, você pode atrair parte do público para um lugar onde você tem mais controle da conversa: seu site.

4) Produza conteúdo mais longo para seu site, para os possíveis interessados
Se a pessoa clicou em um link nas redes sociais e veio para seu site ela já está um pouco mais interessada (tecnicamente falando, está mais à frente no funil de vendas) e provavelmente quer informação mais extensa, textos e vídeos mais longos, mas é interessante que eles sejam relacionados ao conteúdo de rede social que trouxe a pessoa ao seu site, uma continuação da conversa que começou lá nas redes.

5) Você pode precisar de ajuda profissional
Produzir conteúdos curtos, frequentes e interessantes para suas redes sociais e ainda pareá-los com conteúdos mais longos e interessantes no seu site geralmente requer gente especializada e uma dedicação de tempo que a maioria das empresas não tem disponível. Contratar uma agência de conteúdo (como a Vendere 😉) pode trazer um bom custo benefício.

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terça-feira, 25 de setembro de 2018

5 tipos de Fake News - 5/5) A radicalização nas redes sociais

Uma distorção de como as pessoas formam sua visão da realidade é a "bolha" formada em sua volta pelas redes sociais. O que as redes mostram para cada pessoas é filtrado da Internet por elas: você só vê parte do que seus amigos e produtores de conteúdo publicam, só o que passa para dentro da bolha onde a rede social coloca você. Se essa filtragem não for muito cuidadosamente balanceada essa visão parcial pode distorcer a compreensão que a pessoa tem do todo e, na nossa opinião, pode ser enquadrado no fenômeno geral das Fake News - no viés que estamos abordando o assunto nessa série de posts.

Aparentemente as redes sociais tem feito um bom trabalho. Bilhões as usam todos os dias, alguns até compulsivamente, sendo atropelados, caindo em buracos ou batendo o carro, porque não conseguem se desgrudar da tela do celular. No entanto, esse próprio sucesso todo já sugere um questionamento: Por que é tão agradável usar as redes sociais? Por que as pessoas passam tanto tempo nelas e voltam com tanta frequência?

Há várias razões, porém, no que interessa para essa série de posts sobre Fake News, parte do sucesso das redes sociais é devido ao fato de elas mostram para cada pessoa o que ela mais gosta.  As redes sociais monitoram o engajamento - o grau de interação de cada pessoa com cada amigo, cada produtor e cada conteúdo: quanto tempo ela fica vendo cada post, se compartilha, se dá like, se dá play naquele vídeo ou se ignora etc. Conforme vão aprendendo sobre a pessoa vão aumentando a dose daquilo que a pessoa se engaja - ou seja do que ela gosta - e diminuindo a dose do que ela não se engaja - ou seja não gosta.

Então se você gosta de vídeos de gatinho fofo fazendo estripulias, ou de ciclismo, ou de artesanato, ou seja o que for, as redes sociais vão oferecendo mais disso para você. O autor de cada conteúdo também entra na equação, então se você gosta mais do que o João publica do o que o José publica, você vai ver cada vez mais posts do João e menos do José. Por outro lado, se você nunca clica no play de vídeos de automobilismo, nunca compartilha posts de automobilismo, nunca dá like em posts de automobilismo, a rede vai diminuindo até parar de oferecer conteúdo de automobilismo para você.

E aí mora o perigo. No objetivo de sempre agradar você, as redes sociais fazem isso com todos os conteúdos, incluindo notícias e conteúdos de opinião política ou social. Quando você encontra nas redes sociais conteúdo que tem a mesma posição que você sobre um assunto político, social ou econômico, você se engaja mais do que com os que tem a posição contrária. Quando você encontra um amigo ou produtor de conteúdo que posta mensagens ou vídeos que defendem ideias parecidas com as suas você também se engaja mais. Afinal é agradável assistir o vídeo ou ler ou post do cara que fala a favor do que você já acredita e desagradável ser contrariado.

As redes sociais estão monitorando isso tudo, do mesmo jeito que monitoram quando você assiste vídeo de gatinho. Os computadores nunca descansam e nunca se esquecem... E vão cada vez mais oferecendo posts e vídeos que apoiam o seu ponto de vista e cada vez menos os que o contrariam. Mesmo que tudo o que você visse fosse verdadeiro, esse conteúdo filtrado pelo seu engajamento prévio pode construir uma versão parcial da realidade, que podemos enquadrar no fenômeno geral das Fake News - porque pode filtrar notícias e opiniões desagradáveis para você, porém verdadeiras.

Essa visão parcial tende a radicalizar as posições políticas, a gerar uma ainda maior intolerância com o contraditório. Se o tempo inteiro você só vê opiniões que concordam com a sua quando por acaso você tromba com uma contrária a tendência é o rancor, o ressentimento e até a vontade de querer calar aquela voz dissonante.


Esse é nosso 5º e último post da série sobre Fake News -  distorções na criação e distribuição e notícias e informações na Internet que podem prejudicar a visão das pessoas sobre o mundo.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

5 tipos de Fake News - 4/5) Os Hackers

Os hackers - programadores de computador mal intencionados - que, entre outras pilantragens, constroem programas de computador para afetar a influência das redes sociais sobre as pessoas, é o assunto desse nosso quarto post da série sobre Fake News - a manipulação da criação e distribuição de notícias na Internet que podem distorcer sua visão do mundo.

Papai, como vocês viviam sem a Internet?
Durante os mais ou menos 4 milhões de anos de existência dos hominídeos, contando aí os 100 ou 150 mil últimos anos dos já homo sapiens, nós vivemos em pequenas tribos de não mais que algumas centenas de pessoas, sem nenhum acesso à informação além daquilo que víamos com os nossos próprios olhos e aquilo que os outros membros da tribo nos contavam.

Durante todo esse tempo formativo do que somos hoje, se vários membros da tribo me dissessem para não entrar naquela caverna porque lá mora uma onça, era melhor eu confiar nessa informação. Claro, sempre houve os desconfiados que faziam a questão de ir lá conferir e morriam comidos pela onça.... e esses deixaram menos (ou zero) descendentes porque morriam mais cedo. É, a evolução tem um jeitinho meio duro de ensinar às espécies o melhor a fazer em cada situação.

Nossos cérebros portanto evoluíram para funcionar bem neste ambiente: pequenos grupos onde a confirmação (ou negação) social das informações é valiosíssima, questão de vida ou morte. Porém, de repente (em termos evolutivos), em 5.000 anos nós criamos a agricultura, a escrita, passamos a viver em cidades, criamos o método científico, a eletrônica... e em menos de 50 anos passamos de um mundo onde era difícil de se fazer um telefonema interurbano para uma conexão instantânea por voz, texto e imagem de bilhões de pessoas: a Internet, as redes sociais... E nesse rápido processo, trouxemos mais ou menos o mesmo cérebro tribal de nossos antepassados.


Na Internet ninguém sabe que você é um cachorro
A Internet e em particular a World Wide Web, o pedaço da Internet onde normalmente navegamos, foi criada com um tamanho e uma abrangência muito menores do que tem hoje. Na época, Tim Berners-Lee (que é o cientista de computação inglês que escreveu as especificações da WEB em 1989 e é reconhecido internacionalmente como o "pai" da WWW) quis enfatizar uma certa democratização e universalização do acesso às informações para quem se conectasse à rede e não se preocupou muito com a questões de segurança, em particular com a questão da identidade de quem estava se conectando.

Essa orientação mais para a praticidade que para a segurança foi muito útil para o crescimento exponencial que a Internet experimentou nos anos seguintes, afinal qualquer esquema rigoroso de segurança atrapalharia e encareceria a vida dos usuários comuns, na sua maioria bem intencionados.

Porém, essa facilidade de acesso embutida na própria filosofia da Web criou um problema ainda não totalmente resolvido até hoje, de identidade. Por exemplo, programas de correio como Gmail ou Hotmail ou redes sociais como Facebook ou Instagram, não tem um controle rigoroso na criação de perfis, se você é mesmo quem está falando que é, bem como não controlam se você já criou 3, 4 ou 10 contas diferentes. Claro que algumas aplicações de maior risco, como as bancárias, criaram mecanismos próprios de proteção em cima da estrutura básica da Web, mas a maioria das aplicações não é assim segura.

Já em 1993, o cartunista Peter Steiner da revista The New Yorker publicou um cartum, hoje clássico, onde um cachorro digitando no teclado de um computador fala para outro, que estava olhando intrigado para ele: Na Internet ninguém sabe que você é um cachorro.

Os hackers só juntaram a gasolina com o fogo
Juntando esses dois fatos, que a gente confia mais no que as outras pessoas confirmam e que a Internet, de maneira geral,  não tem um controle muito rigoroso da identidade de quem se conecta a ela, há pessoas mal intencionadas que usam isso para promover nas redes sociais produtos, políticos, causas, ou seja o que for, criando muitos perfis falsos para com eles fazer crescer artificialmente o número de seguidores, compartilhamentos e likes daquilo que querem promover.

Isso pode ser feito manualmente, um grupo de pessoas com perfis falsos clicando, mas é muito trabalhoso. Mais comumente os hackers escrevem programas de computador que se comportam como se fossem pessoas - robôs de software - para ficar seguindo, compartilhando e likando de maneira  a ajudar quem os pagam. A pessoa desavisada, ao ver que uma determinada informação foi muito compartilhada ou recebeu muitos likes e curtidas, tende a pensar quase automaticamente que aquela informação é relevante e verdadeira, mesmo que não o seja.

Próximo post da série: 5 tipos de fake news 5/5) A Radicalização das Redes Sociais

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terça-feira, 21 de agosto de 2018

5 tipos de Fake News - 3/5) A ciência

O terceiro tipo de Fake News que abordaremos nessa série de posts, nasce dos sucessos da ciência no mundo moderno. Mandamos homens andar na Lua, partimos o átomo, curamos doenças que dizimavam milhões.

Hoje em dia, tratamos até com indiferença feitos que pareceriam milagres para nossos antepassados: você embarca aqui em São Paulo e algumas horas depois está passeando em Paris. E ainda reclama que o frango que serviram na classe econômica estava meio sem gosto...

Estamos tão acostumados com a ciência funcionar, que tendemos a acreditar que uma informação é mais verdadeira quanto mais credenciada cientificamente pareça ser. Então se um colega seu diz: "Tomo banho frio todo dia para manter o peso", você pensa que ele é meio esquisitão ou levemente masoquista. Se o mesmo colega diz: "li em um estudo feito pelo FDA que um banho frio diário emagrece", você já dá uma vacilada na sua convicção sobre as delícias da água quente (FDA é a Anvisa americana, guardadas as devidas proporções...).

E se você assiste no Youtube uma palestra de um bambambam de Harvard, com um power point cheio de gráficos "provando" que tremer de frio ajudou dezenas de gordinhos, perigas até você tentar o sacrifício. A informação é a mesma, mas conforme ela parece mais baseada na ciência a credibilidade aparente aumenta.

Essa tendência dá origem a pelo menos duas variantes das Fake News:

1) Os mentirosos sabem que as pessoas tem fé na ciência, então algumas vezes vão dizer que sua afirmação é baseada em ciência, quando não é. O estudo ou a pesquisa que citam não existe. Ou existe, mas não faz exatamente a afirmação que o mentiroso faz.

2) Os cientistas, pesquisadores, diretores de institutos e universidades tem convicções ideológicas e interesses pessoais e financeiros, como qualquer ser humano. Então, em algumas situações podem, consciente ou inconscientemente, dar uma entortadinha nos resultados de estudos e pesquisas, na direção que for mais conveniente para eles. E é claro, de vez em quando simplesmente erram.

No meio acadêmico há mecanismos para lidar com isso. Para sair numa publicação científica um artigo precisa ser revisado por outros especialistas no assunto e, uma vez público, outros cientistas geralmente tentam reproduzir o experimento, pesquisa ou estudo para confirmá-lo ou refutá-lo. O resultado de um estudo ou pesquisa é considerado preliminar até ser reproduzido de forma independente por outras pessoas ou instituições.

Porém, uma informação científica duvidosa, maliciosa ou mal verificada pode ser publicada com facilidade na Internet e acabar aparecendo nas suas redes sociais, prezado leitor. É só um sujeito gravar um vídeo no YouTube onde ele abre dizendo que é médico, pesquisador, físico ou coisa parecida (para dar credibilidade científica) e daí falar as maiores barbaridades.

É duro, mas não tem jeito. Não é só com as notícias políticas que você tem que ficar esperto. Com as científicas também. Tentar verificar a credibilidade da pessoa ou instituição que que faz a afirmação científica e usar os mesmo método que as universidades usam há muito tempo para certificar-se: o que os pares daquela pessoa - outros médicos, outros pesquisadores, outros físicos - dizem? Aquele afirmação é o consenso da comunidade científica sobre aquele assunto?

Próximo post da série: 5 tipos de fake news 4/5) Os Hackers

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terça-feira, 14 de agosto de 2018

5 tipos de Fake News - 2/5) A narrativa

Uma forma sutil de "Fake News" é, a partir de fatos verídicos, contar a história de um jeito - criar uma narrativa - que leve as pessoas a imaginar o que aconteceu de acordo com os interesses de quem está contando a história. Embora os fatos propriamente ditos possam não ser fake-falsos, a tentativa de direcionar as opiniões sobre eles coloca algumas narrativas dentro do fenômeno geral de Fake News.

Inventar um fato que não aconteceu, uma mentira e publicar na Internet - como descrevemos no primeiro post desta série - é uma forma mais simplista de agir e mais fácil de ser percebida ou checada do que a Fake de narrativa, que vamos descrever a seguir.

A arte de construir uma história
A Fake News de narrativa se manifesta basicamente de duas formas, normalmente usadas em conjunto. Primeiro com uma cuidadosa escolha de partes da verdade: se alguém contar só as coisas ruins que você fez na vida - as pisadas na bola, os enganos, as decisões questionáveis, aquelas vezes que você perdeu a cabeça - o ouvinte vai ficar com uma péssima opinião a seu respeito. Se se contar só as coisas boas - realizações profissionais ou pessoais - a opinião do ouvinte será outra, embora nos dois casos só se conte fatos reais. Essa curadoria tendenciosa pode ser feita contra (ou a favor) de pessoas físicas ou jurídicas e instituições públicas ou privadas.

Segundo, uma cuidadosa escolha das palavras com que se vai descrever a verdade que está sendo contada: se eu disser que você "deu um tapinha no bumbum do seu filho sapeca" parece uma coisa, se eu disser que você "foi violento com uma criança indefesa" parece outra.

A verdade na mesa de edição
A Fake News de narrativa talvez seja a forma mais comum de se tentar manipular uma audiência e não é uma novidade da Internet. Embelezar ou enfeiar os fatos acontece desde que os homens da caverna contavam histórias em volta da fogueira. Porém, a Internet acrescentou alguns graus de perniciosidade a essa prática: é muito fácil qualquer pessoa editar um vídeo ou texto real para uma versão mais adequada à uma narrativa.

Por exemplo, recortar de um debate na TV só os momentos do debate em que o político que a pessoa apoia foi bem, ou os momentos que o político que ela desaprova foi mal. Também é muito fácil distribuir essa versão para muitas outras pessoas via redes sociais de forma anônima ou quase, diminuindo a possibilidade de responsabilização do autor.

Extra! Extra!
A Internet é uma grande guerra por atenção. Com as gigantescas quantidades de conteúdo que são publicadas todos os dias, muitos produtores de conteúdo recorrem ao sensacionalismo para tentar atrair a atenção. Um link moderado tem menos chance de ser clicado (e até de ser visto) que um mais carregado nas tintas, então as narrativas vão ficando com menos nuance. Entre "Candidato X expõe suas diferenças em entrevista" e "Candidato X arrasa com adversários em entrevista bomba", muita gente vai cair na isca e clicar na segunda chamada.

Com tudo isso, além de mentiras propriamente ditas, você vai encontrar na Internet muitas versões  - narrativas - que contam só um lado da história e de forma exagerada, que podem não ser ao pé da letra totalmente fake - falsas, mas sua distorção da verdade - escolher partes dela e o jeito tendencioso de contar - permite as incluir conceitualmente no fenômeno geral das Fake News.

Próximo post da série: 5 tipos de fake news - 3/5) A Ciência

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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

5 tipos de Fake News - 1/5) A falsa mesmo

Neste e nos próximos posts deste blog vamos abordar o fenômeno das Fake News. Embora a tradução de Fake News seja notícia falsa, acreditamos que junto com as notícias inventadas poderíamos colocar algumas outras maneiras de distorcer o conteúdo ou a distribuição das notícias na Internet, e chamá-las também de "Fake News". Vamos lá:

Fake News tipo 1 - A falsa mesmo
A mentira não é uma invenção da Internet. Provavelmente começou junto com a fala... O que a Internet inovou foi na possibilidade do mentiroso atingir uma audiência maior, gigante até. Pré-Internet você podia contar uma história inventada para uma meia dúzia de amigos. Se ela fosse especialmente picante ou curiosa pode ser que cada um deles repassasse pra mais outra meia dúzia.

Com as redes sociais, uma publicação pode viralizar (ficar popular e ser muito compartilhada, espalhar-se como um vírus) e atingir milhões de pessoas. E nada controla de antemão se o que você vai publicar na Internet  é verdadeiro ou falso, as pessoas podem publicar o que elas bem quiserem. 

Por um lado, essa facilidade de publicação na Internet é um triunfo da liberdade de expressão. As pessoas podem comunicar ao mundo o que pensam e acreditam, sem censura ou aprovação prévia por ninguém. Por outro lado, essa mesma liberdade permite que se espalhem informações mentirosas que podem ser muito danosas às pessoas ou instituições, ou à própria sociedade como um todo.

Adoçante no café não dá câncer
Um exemplo do que uma fake news pode causar, é a mentira que algumas vacinas podem provocar autismo, que se espalhou pelas redes sociais. É possível que pais tenham acreditado e deixado de vacinar as crianças. 

Não podemos afirmar que estes boatos sobre as vacinas que circulam na Internet foram a única causa, mas a Poliomelite e o Sarampo, que eram doenças controladas no Brasil, voltaram com força. É provável que outras causas, econômicas e estruturais façam parte do problema, mas com certeza não ajuda ninguém um pai ler na Internet a mentira que vacina pode prejudicar seu filho.

Quem vigia os vigilantes?
Dado o dano que notícias falsas - as fake news propriamente ditas - podem causar, as redes sociais tem tentado controlar sua publicação e divulgação, mas não é fácil. Não há tecnologia infalível para um computador diferenciar uma informação verdadeira de uma falsa. 

Por conta disso, algumas redes sociais tem tentado passar a verificação de notícias para pessoas: os próprios usuários da rede, os funcionários das empresas donas das redes sociais ou instituições, como ONGs verificadoras. Infelizmente, isso também não está funcionando muito bem.

Primeiro porque ninguém tem um grupo de pessoas grande o suficiente para checar manualmente os bilhões de informações que são publicados diariamente. Os computadores podem sim checar bilhões de informações, mas a partir de critérios estabelecidos por seus programadores nos algoritmos (procedimentos que seguem automaticamente regras pré-programadas). 

Ou seja, na checagem individual manual de uma informação, ou na checagem automatizada em grandes quantidades feita por algoritmos, quem decide ou que é verdadeiro ou falso são pessoas. E em ambos os casos já há acusações que os verificadores humanos  estariam sendo tendenciosos e marcando como verdadeiras as notícias que os agradam e como falsas as notícias que os desagradam. 

Por exemplo, teriam marcado como verdadeiras as notícias que mostravam pontos positivos de um político ou causa que o verificador apoiava e marcado como falsas as notícias que mostravam pontos negativos. A tecnologia avança, mas a natureza humana permanece a mesma....

É cada um por si
Tudo leva a crer que, pelo futuro previsível não haverá solução completa, nem baseada em tecnologia nem baseada em gente, para o problema de mentiras circulando pela Internet. Você vai ter que aprender a se defender por conta própria.

Próximo post da série: 5 tipos de Fake News - 2/5) A narrativa

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segunda-feira, 16 de julho de 2018

Facebook testa Realidade Aumentada para anúncios


Realidade Aumentada
Foto AR Studio Facebook
Realidade Aumentada (em inglês, Augmented Reality - AR) é o nome de um conjunto de tecnologias que permite combinar, ao vivo, imagens digitais nas imagens que o celular esteja mostrando na hora. Por exemplo, o jogo Pokemon Go sobrepõe Pokemons - criaturas virtuais - sobre a paisagem sendo vista pelo celular, fazendo parecer que os personagens do jogo fazem parte da realidade que circunda o jogador, daí o nome Realidade Aumentada.

As tecnologias de AR são especialmente úteis ao marketing e comércio eletrônicos, por permitir prova ou teste visual de produtos, por exemplo sobrepor a imagem de um par de óculos ao seu rosto ou uma peça de roupa ao seu corpo, um par de tênis aos seus pés ou uma peça de decoração ou mobiliário à sala da sua casa, enquanto você olha através da câmera do celular.

Fotos: Facebook
Agora o Facebook anunciou que está trabalhando com diversas marcas na produção de anúncios em
AR, entre elas Michael Kors (foto na lateral deste post), Sephora, NYX Professional Makeup, Bobbi Brown, Pottery Barn, Wayfair, e King.

Nos exemplos que foram divulgados até o momento, os anúncios parecem com os anúncios normais do Facebook, mas contém um botão "Toque para testar" que aciona a função de AR, permitido a pessoa combinar os produtos com as imagens do celular. Os anúncios também conterão a opção de compra sem sair da aplicação.

AR Studio / Facebook
Para ajudar estas e outras empresas que queiram embarcar na nova modalidade de anúncio o Facebook lançou uma ferramenta de desenvolvimento de anúncios em AR, chamada AR Studio.



Facebook e as empresas parceiras estão trabalhando para ter tudo pronto para temporada de compras do final do ano.


quinta-feira, 5 de julho de 2018

Tagwalk quer ser o Google da moda

Tentar criar um site ou aplicativo para competir com o Google, à primeira vista pode parecer uma tarefa para lunáticos ou masoquistas. No entanto, o próprio gigantismo e generalismo do Google às vezes faz com que ele não atenda, com igual eficiência, todos as incontáveis necessidades de diferentes nichos. Aí pode haver espaço para competidores. Pelo menos é o que acredita Alexandra Van Houtte, a fundadora do Tagwalk, um site para pesquisa de imagens de moda, que várias reportagens internacionais chamaram de "o Google da moda".

A ideia surgiu há 4 anos atrás quando Alexandra, então com 29 anos, trabalhava como assistente em Paris, com a missão de pesquisar fotos para editoriais de moda. A chatíssima e ineficiente tarefa de rolar telas e mais telas de sites procurando o look certo - que ela percebeu ser um problema que ela compartilhava com assistentes, estagiários e estilistas no mundo todo - lhe sugeriu que poderia haver um jeito mais moderno de fazer as coisas.

Nas palavras da própria Alexandra: "Para uma indústria multibilionária, que se orgulhava de ser inovadora, todo o sistema era totalmente sem esperança". Para tentar resolver o problema, em maio de 2015 ela fundou a Tagwalk, primeiro contando só com dinheiro próprio e depois com ajuda de investidores, como Carmen Busquets (investidora fundadora do site Net-a-Porter) e Adrien Cheng (fundador da C Ventures).

O objetivo central da iniciativa era indexar  com palavras chave (tags) fotos de moda, em particular fotos de desfiles de passarela (catwalk, em inglês), daí o nome Tagwalk. Essa indexação poderia facilitar aos profissionais da área (ou amadores interessados no assunto) encontrar  imagens que procurem.

Inicialmente a própria Alexandra fez manualmente o trabalho de atribuir palavras chave / tags às imagens. Hoje, usando programas de inteligência artificial e colaboradores humanos a empresa tem um banco de dados de mais de 128.000 imagens indexadas usando mais de 2.800 palavras chave.

Além dos serviços de pesquisa de imagens para assinantes o site oferece também a possibilidade de marcas menores, que não fizeram desfiles ou fizeram desfiles muito menos concorridos e expostos pela mídia, incluir suas imagens nos bancos de dados da empresa junto com as grande marcas, na prática uma espécie de desfile virtual.

Outra fonte de renda da empresa é análise estatística das pesquisas realizadas, tanto de imagens quanto de palavras chave, que podem detectar tendências da moda. Embora a base atual de 25.000 assinantes do site seja pequena, o perfil dessas pessoas é bastante profissional e influente na moda, seu comportamento de pesquisa pode revelar tendências importantes deste mercado.

Para quem quiser conhecer: https://www.tag-walk.com/


quinta-feira, 28 de junho de 2018

Esqueça o apocalipse dos zumbis. Perigo é o apocalipse dos empregos.

Na nossa opinião é pequeno o risco de algum defunto levantar e sair correndo atrás de você. Se você quer preocupação, deveria olhar o quadro atual da automação e da robótica.

Holywood previu errado
Muitos filmes e séries de TV se dedicam a um imaginário apocalipse zumbi. Geralmente uma experiência dos maldosos cientistas militares dá errado e, ao invés de criar super-soldados, transforma as pessoas em zumbis comedores de gente. Assustam muita gente as cenas de mortos-vivos semidecompostos, perseguindo os poucos humanos restantes na Terra devastada.

No entanto, na opinião deste que vos escreve, é bastante pequeno o risco de no mundo real uma horda de mortos-vivos tentar lhe devorar. É em outros lugares que mora o perigo.

Quem, eu me preocupar?
Se você procura cenários apocalípticos, onde  nosso modo de vida é virado do avesso com grandes consequências políticas e sociais, talvez você devesse prestar mais atenção no que está acontecendo na automação e na robótica.

Indo direto ao ponto, os empregos estão sendo paulatinamente substituídos por máquinas, gerando um desemprego estrutural , que não diminui quando a economia melhora. Historicamente, lidamos com o desemprego de ciclo econômico - as pessoas são demitidas na recessão, mas recontratadas quando a economia volta a crescer. 

Hoje, o desemprego estrutural provocado pela automação, computação e robótica é muito mais grave. A posição de trabalho substituída por uma máquina simplesmente deixa de existir para sempre, a economia esteja bem ou mal.

Cebola, picles e molho especial em um pão com gergelim
No começo, só algumas funções muito repetitivas ou demandantes de muita força e precisão foram substituídos por robôs, como por exemplo os robôs soldadores em fábricas de carros, que demitiram metalúrgicos. Hoje, a cada dia, mais e mais funções vão sendo assumidas pela automação. 

A última novidade nesse campo foi mostrada em vários sites de notícias americanos: uma máquina que substitui o cozinheiro nas cadeias de fast-food. A startup Momentum Machines, que recebeu investimentos da Google, já apresentou protótipos da máquina que corta o pão, frita a carne e monta o sanduíche com os recheios e molhos solicitados pelo cliente.
Momentum Machines /
Wharton University
of Pennsylvania

Uma máquina cozinhar e preparar um hambúrguer pode não impressionar à primeira vista, mas esse caso de substituição de homem por máquina é especialmente emblemático. As cadeias de fast-food são um grande empregador e absorveram muito da mão de obra que antes ia para as fábricas. 

Já há algum tempo os atendentes nos caixas destas lanchonetes vem sendo trocados por terminais de auto-atendimento e, com as máquinas da Momentum, os cozinheiros podem perder o emprego também.

Calma, é só ensinar todo mundo a programar em Python
Os otimistas gostam de lembrar que o avanço tecnológico também cria novas profissões, o que é verdade. 

Porém, infelizmente, os milhões de caixas e balconistas de loja substituídos por e-commerce não vão  todos eles conseguir se empregar como programadores de videogame. Os milhões de motoristas que vão ser desempregados pelos carros e caminhões autônomos, hoje em fase de testes, não vão todos, da noite para o dia, virar analistas de Big Data.

A substituição do homem pela máquina não acontece na mesma intensidade em todas as profissões, mas o efeito somado da automação em muitas áreas é perverso: cada vez mais pessoas não vão conseguir trabalho, não porque não querem, mas porque  máquinas fazem melhor, mais rápido e mais barato o que elas são capazes de fazer.  

Para a sociedade, saldo final do avanço tecnológico sobre o emprego é quase sempre negativo.

Renda mínima
No primeiro mundo, alguns economistas e políticos já dizem que os mecanismos atuais de assistência social são insuficientes para lidar com o problema e que seria hora de começar a pensar na criação de uma UBI (Universal Basic Income): uma renda mínima que seria paga indiscriminadamente à toda a população.

No entanto, mesmo que a polêmica ideia da UBI seja aceita pela sociedade, é no mínimo preocupante o cenário de um futuro dividido entre elites afluentes que tenham trabalho e do outro lado milhões de desempregados permanentes, vivendo de uma espécie de bolsa-família. Mesmo que seja um bolsa-família gordo, lá no primeiro mundo. As questões práticas, psicológicas, políticas e éticas são tremendas.

 A humanidade vai conseguir fazer sem solavancos a transição para esse mundo de poucos empregos? Confesso que o apocalipse dos empregos me tira mais o sono que o dos zumbis.....



terça-feira, 12 de junho de 2018

Uber quer patente de tecnologia que detecta clientes bêbados

A imprensa americana divulgou que a UBER pediu aprovação no departamento de patentes do governo americano de uma tecnologia que, usando inteligência artificial, pode identificar se o cliente que chamou um carro da Uber está bêbado, e em que grau de bebedeira.

A tecnologia usará erros e velocidade de digitação, velocidade e linearidade do movimento do portador do celular, horário e localização do chamado e outras variáveis para determinar o estado etílico do cliente. Por exemplo, se o celular perceber que o freguês está digitando devagar e com erros, andando meio trôpego em zigue-zague, às duas da manhã, na Vila Madalena, é quase certo que esteja bêbado.

Segundo a companhia, isso permitirá ao condutor se preparar para o problema que vai encontrar e até em casos extremos, recusar a corrida. Eu não sei o que você achou disso prezado leitor, mas nesse que vos escreve, a possibidade do Uber começar a usar essa tecnologia levanta uma série de preocupações:

Preocupação 1) A Uber não deveria se interessar mais em identificar se o motorista está bêbado e não tanto com o cliente?

Preocupação 2) Monitorar quando o cliente bebe vai ser mais uma bruta invasão da privacidade. E a Uber tem um precedente ruim quanto a manter seguros os dados que coleta. No final de 2017 noticiou-se que a Uber tinha pago um resgate de US$100 mil para hackers que roubaram dados de 50 milhões de clientes e 7 milhões de motoristas, de vários países.

Preocupação 3) Uma reportagem da CNN apontou mais de 100 casos nos EUA de ataque ou abuso sexual, de motoristas da Uber contra passageiras clientes, muitas delas alcoolizadas. O motorista saber de antemão, o quão bêbada sua cliente está, pode estimular ou facilitar comportamento predador.

Esse pedido da patente do Uber e alguns outros casos de violação de privacidade e vazamento de dados de clientes que tem surgido na imprensa deveriam  alertar a todos que a coleta de dados dos clientes por diferentes aplicativos nos seus celulares é um problema sério que tem merecido pouca atenção da mídia, dos órgãos reguladores do governo e das próprias pessoas que usam os aplicativos.


Fontes:

[1] Techcrunch - Uber applies for patent that would detect drunk passengers - https://techcrunch.com/2018/06/11/uber-applies-for-patent-that-would-detect-drunk-passengers/

[2] Bloomberg - Uber Paid Hackers to Delete Stolen Data on 57 Million People - https://www.bloomberg.com/news/articles/2017-11-21/uber-concealed-cyberattack-that-exposed-57-million-people-s-data

[3] CNN - CNN investigation: 103 Uber drivers accused of sexual assault or abuse - http://money.cnn.com/2018/04/30/technology/uber-driver-sexual-assault/index.html?iid=ELão

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Facebook testa ferramenta para anunciantes acharem influenciadores digitais

Já há algum tempo muitas marcas perceberam o potencial do marketing de influenciadores digitais: pagar a pessoas que tenham seguidores em redes sociais para elas passarem mensagens comerciais para os seus seguidores. Agora o Facebook se prepara para agir mais neste mercado, com uma ferramenta que facilitará anunciantes encontrar influenciadores.

O lado bom do uso de influenciadores para o marketing é que eles permitem refinar a segmentação da audiência: os seguidores de um determinado Facebooker, Instagramer ou blogueiro tem características muito mais claras que a audiência inespecífica de um programa de TV ou de rádio. Além disso esses influenciadores criam ao longo do tempo uma relação de confiança, até afetividade com sua audiência, que a marca anunciante pode capitalizar para si.

Pelo lado ruim, há uma gigantesca massa de produtores de conteúdo atuantes nas redes sociais, pode ser difícil para um anunciante achar quais seriam os mais adequados para seu marketing. Para ajudar na solução desse problema o Facebook está testando uma ferramenta que permitirá ao anunciante usar parâmetros de pesquisa como dados geográficos e demográficos, interesses e comportamento da audiência para obter uma lista de influenciadores que se encaixam nos parâmetros.

A partir daí a empresa anunciante poderá entrar em contato com o influenciador e negociar, aparentemente sem intervenção e sem ter que pagar uma parte ao Facebook. O "aparentemente" é por conta que a nova ferramenta ainda está em testes e não foi nem lançada nem confirmada oficialmente, porém a etapa de testes, que está sendo feita com várias empresas selecionadas vazou para alguns sites de notícias de tecnologia como o Techcrunch.

A ideia é boa e atende uma demanda real dos anunciantes, mas como se diz de fazer um contrato com o diabo, ele se esconde nos detalhes. Vamos aguardar o lançamento para avaliar melhor.


segunda-feira, 21 de maio de 2018

Style Match da Google: Onde eu compro uma camisa azul igual aquela?

O desejo foi sempre a mesmo: você vê uma peça de roupa, calçado, bolsa ou acessório que acha interessante, fotografa com seu celular e ele acha para você uma loja onde comprar uma peça igual ou parecida.

Já há alguns anos várias empresas vem apresentando aplicativos que supostamente atendem esse desejo. Na prática, a qualidade dos resultados varia muito de aplicativo para aplicativo, depende da foto que você tirou (ângulo, ambiência, iluminação) e das imagens disponíveis nas lojas virtuais. Talvez por isso, até o momento nenhum desses aplicativos se destacou claramente como o melhor nessa missão e seja um óbvio líder de mercado.

Deixando de lado as questões da invasão da privacidade, porque você provavelmente vai fotografar um desconhecido/a (se fosse um conhecido/a seria mais fácil perguntar onde a pessoa comprou) e o fato de que talvez no seu corpitcho a camisa que fica bem naquela moça talvez não fique tão bem... vamos encarar neste post a questão só do ponto de vista técnico: é difícil para a inteligência artificial usada no reconhecimento de imagens reconstruir uma informação complexa a partir de poucos dados, usando só dicas de contexto.

No entanto um dos líderes do campo da inteligência artificial acaba entrar nessa briga pelo "busque-moda-por-imagem" perfeito. A Google acabou de lançar um recurso chamado "Style Match" que funciona em conjunto com o Google Lens (o aplicativo de reconhecimento de imagens via celular do sistema operacional Android). De quebra, além de buscar itens de moda o Style Match também serve para buscar itens de decoração. Além de copiar a camisa da moça você vai poder copiar o abajur bacana que viu na casa de sua amiga....

Agora o tempo dirá se o aplicativo da Google funcionará melhor que os outros que foram surgindo ao longos dos últimos anos. Ao seu favor a empresa tem muita experiência em pesquisa de imagens, uma quantidade de grana para investir quase incompreensível para nós humildes mortais e uma vantagem que nenhuma outra empresa que tentou esse mercado "busque-moda-por-imagem" tem: uma gigantesca massa de humanos usando os seus produtos, "ensinando" os seu algorítimos qual a melhor resposta em cada pesquisa.


quinta-feira, 17 de maio de 2018

Realidade Aumentada: provando tênis virtualmente

A empresa  Vyking está promovendo um aplicativo que permite visualizar um par de tênis no seu próprio pé. A ideia do aplicativo em desenvolvimento pela empresa é usar Realidade Aumentada - combinar imagens que você filma no seu celular com imagens geradas artificialmente - em anúncios de diversos segmentos, em particular moda.

Não dá pra saber se o tênis ficou apertado ou se está pegando naquele calo que você tem no dedinho, mas pode sem dúvida aumentar o desejo de comprar. Confira o vídeo post de um programador deles no Instagram demonstrando o produto abaixo.



Você pode saber mais no site da empresa:  https://www.vyking.io/



terça-feira, 8 de maio de 2018

A Internet e o sucesso da verba de marketing pequena


Antigamente, quando o maior canal de comunicação das empresas com o mercado era a grande mídia – canais de TV, emissoras de rádio, revistas – era complicado para as empresas pequenas e médias fazerem sua comunicação de marketing.  Se sua empresa era dez vezes menor que a Nike não dava para ela comprar um décimo de anúncio que a Nike comprava no Jornal Nacional ou um décimo da página na Vogue. Essas mídias não eram vendidas em pequenas frações. 

Geralmente, com um décimo da verba da grande empresa você não conseguia comprar anúncio nenhum. Havia formas alternativas de marketing para verbas pequenas - eventos, panfletagens, ações no ponto de venda -, mas era impossível alcançar-se grandes audiências com elas, não havia como quebrar o círculo vicioso: verba de marketing pequena – audiência pequena – vendas pequenas – verba de marketing pequena.

O crescimento e penetração da Internet em todos os público e a facilidade de criação e publicação de conteúdo nessa mídia veio subverter a lógica de que só empresa grande tem dinheiro para falar com grandes públicos. Com uma verba pequena, muito trabalho, muita criatividade e um pouco de sorte pode-se, às vezes, alcançar enormes audiências. Não é fácil nem garantido, mas há montes de histórias de pequenos sites que viraram grandes empresas. 

Ah, essa conversa toda quer dizer que com a verbinha que tenho é certeza que minha empresa vai ter sucesso na Internet? Não. Mas com a Internet pelo menos você tem a chance. E você só vai saber se tentar. Como comentário, para quem se entusiasmou para começar, se precisar de ajuda procure uma agência nativamente digital, que já nasceu e cresceu no admirável mundo novo da Internet , como a Vendere 😄. Além de lidar melhor com a própria Internet elas sabem se virar melhor com orçamentos de todos os tamanhos.



quarta-feira, 2 de maio de 2018

Facebook anuncia entrada no mercado de encontros (dating)

Procurando por um novo amor? Em breve os poderosos algorítimos de inteligência artificial do Facebook poderão ajudar... 

Facebook promovendo encontros / dating assusta outros aplicativos do ramo

No 1º de maio, enquanto nós brazucas desfrutávamos o feriadão, nos EUA o Facebook iniciava a sua conferência anual para desenvolvedores (lá nos EUA o dia do trabalho - Labor Day - é celebrado na 1ª segunda-feira de setembro).

Na palestra de abertura do evento do Facebook, o "keynote speach", Mark Zuckerberg seu fundador e presidente anunciou que o Facebook vai entrar no mercado de dating (encontros/ relacionamentos - amorosos/ sexuais...). O recurso vai ser um competidor para sites e aplicativos como match.com, Tinder e OKCupid. Dada a dominância das redes sociais (e a grana) que o Facebook tem, as ações na Bolsa das empresas por trás desses aplicativos de encontros já caíram 22% no mesmo dia.

Zuckerberg não deu muitos detalhes do futuro produto, mas disse que o Facebook vai usar o conhecimento que tem dos interesses de cada pessoa para sugerir parceiros compatíveis. Um recurso anunciado é que será possível procurar por parceiros  fora da sua lista de amigos, por exemplo em grupos ou eventos que você queira participar ou vá se inscrever. O recurso permitirá às pessoas mutuamente interessadas trocarem mensagens fora do ambiente (e dos olhares curiosos) das páginas normais do Facebook e do Messenger.

O Facebook conhece você melhor que você mesmo

Na opinião deste que lhes escreve, a principal vantagem do Facebook em relação aos sites e aplicativos de encontros tradicionais é que o perfil psicológico dos participantes, que vai ser usado para encontrar parceiros compatíveis, não foi gerado pelo participante voluntária e conscientemente respondendo a um questionário - onde a pessoa provavelmente vai mentir e/ou pelo menos "embelezar" a realidade. 

O perfil que o Facebook tem de cada pessoa foi gerado quando ela não estava prestando atenção, nem tentando enganar ninguém, simplesmente navegando, curtindo e compartilhando, durante os anos e anos que ela usa o Facebook. Ao longo do tempo o Facebook pode saber muito mais de você que sua mãe, seu psicólogo, ou talvez você mesmo. Os algoritmos nunca descansam e nunca se esquecem.

Conclusão

O uso através de inteligência artificial das preciosas informações que o Facebook armazena sobre cada pessoa ajudou o Facebook a se tornar a maior rede social do mundo. Vamos ver se elas vão servir (e se o Facebook vai saber usá-las) de forma tão eficaz na difícil missão de encontrar parceiros amorosos para as pessoas.


segunda-feira, 23 de abril de 2018

Por que saber quais são os navegadores mais populares?

A competição dos navegadores de Internet (browsers) Chrome, Internet Explorer, Safari, Firefox e outros pelo mercado, pode atrapalhar o sucesso do seu marketing na Internet. Vamos tentar aqui destrinchar o problema.

O problema
O problema é que seu site que parece bem bonito quando você olha na tela do seu computador no seu escritório, pode parecer esquisito, feio ou até impossível de usar na tela do seu cliente, que por acaso tenha um navegador de marca ou versão diferente.

Isso pode acontecer porque páginas da Internet que você vê no seu navegador (como esse blog que você está lendo agora) não são enviadas a partir do seu site prontas para exibição na tela do cliente. As páginas são enviadas como um conjunto  de instruções codificadas: "mostre essa foto no canto esquerdo superior da tela" ou "escreva o texto bom dia  abaixo da foto", ou ainda "pinte todo fundo da tela do site de azul". O navegador recebe essas instruções, interpreta e monta a página para o freguês ver.

Grosseiramente comparando, a página Internet é uma receita de bolo que é enviada para um cozinheiro (o navegador) que vai executar a receita: misture a farinha e a manteiga, bata as claras em ponto de neve, acrescente o açúcar devagar.... Num mundo ideal, todos os bolos feitos a partir da mesma receita ficariam igualmente gostosos, mesmo que feitos por cozinheiros diferentes e todas as páginas Internet apareceriam iguais quando exibidas por navegadores diferentes. Mas nós não vivemos em um mundo ideal.
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Num mundo ideal, todas as páginas Internet apareceriam iguais quando exibidas por navegadores diferentes. Mas nós não vivemos em um mundo ideal.
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Claro que a linguagem das instruções para a montagem de uma página de Internet, chamada HTML - Hyper Text Markup Language - é mais técnica e rigorosa que a linguagem coloquial de uma receita de comida, mas mesmo assim cada fabricante de navegador faz a sua interpretação de como as instruções do HTML deveriam ser executadas, às vezes por opções técnicas , às vezes por opções comerciais .

Essas interpretações do HTML além de diferentes de um fabricante para outro, também mudam de uma versão do navegador do mesmo fabricante para a versão seguinte. Por exemplo, não só o Internet Explorer interpreta HTML diferentemente do Chrome, mas o Internet Explorer 9 interpreta diferentemente do Internet Explorer 7. A mesma página Internet pode parecer diferente em cada um deles. Além disso, as versões para celular desses mesmos navegadores também  costumam ter suas particularidades.

Para completar a lambança, o W3C - World Wide Web Consortium - organização que tem como função criar, desenvolver e divulgar o HTML, vai mudando o HTML ao longo do tempo, introduzindo alterações e melhorias, que os fabricantes de navegadores correm atrás de entender e interpretar. Por exemplo, a última versão é a HTML 5, porém há partes dela que ainda estão em definição ou só foram parcialmente aceitas pelos diversos interessados envolvidos no assunto, o que inclui os fabricantes de navegadores.


Uma solução de compromisso
Infelizmente não há uma solução fácil, ótima ou única para esse problema. De maneira geral você vai ter que ficar em algum ponto entre ter um site bem simplinho - que só usa os recursos mais antigos ou corriqueiros do HTML - e daí roda bem em muitos lugares, ou ter um site bem sofisticado - que usa os recursos mais modernos e atraentes do HTML - mas corre o risco de não funcionar direito em algumas versões de alguns navegadores.

Também é possível se criar dentro da página HTML testes para saber-se qual o browser que a está interpretando e usar recursos diferentes em cada caso, mas isso aumenta a complexidade, custo e tempo de desenvolvimento do site.

Nessa hora pode ser importante saber quais navegadores tem mais penetração de mercado, ou até quais navegadores acessam mais o seu site em particular, para se escolher que recursos vale a pena manter ou tirar do site, por razões de compatibilidade com os navegadores que seu público-alvo usa ou ainda avaliar-se quanto a mais de tempo e dinheiro deve ser gasto no desenvolvimento do site para uma maior compatibilidade com diferentes navegadores. Uma boa agência digital pode ajudar.


segunda-feira, 16 de abril de 2018

A economia melhora. Está na hora de renovar seu site.

Você gostaria que o Brasil tivesse o PIB dos EUA, a segurança pública do Japão, a justiça social da Dinamarca, a estabilidade política da Suíça e, de quebra, a comida da França? Nós também. 

Aí sim daria para investir com vontade, comprar novos equipamentos, contratar funcionários, renovar o site na Internet 😃, tudo com a certeza de retorno do investimento.  Porém, a essa altura do campeonato, mesmo os mais distraídos ou mais otimistas, já perceberam que o gigante está demorando para acordar e levantar do berço esplêndido. 

A sugestão deste que vos escreve é, tanto para você que acredita que o Brasil vai decolar um dia, quanto para você que já perdeu as esperanças a este respeito: procure a salvação individual - pessoal ou empresarial - enquanto a coletiva não vem. Nosso terceiro mundismo crônico, "nação em desenvolvimento" desde quando eu me conheço por gente, não impediu milhares ou até milhões de histórias de sucesso pessoais ou empresariais.

Não, eu não estou pregando o egoísmo ou o individualismo. Você pode e em muito casos deve procurar ajudar o Brasil ser um país melhor, através do seu comportamento social e cívico, voto e participação eleitoral, responsabilidade socioambiental da sua empresa, etc. Só estou lembrando para o fato que enquanto as condições ideais não chegam, é possível ir trabalhando com condições menos que ideais. 

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Uma das coisas que dá para fazer no Brasil é aproveitar os eventuais ciclos de crescimento da economia para ganhar força para sua empresa. 
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Dentro desta ótica, uma das coisas que dá para fazer no Brasil é aproveitar os eventuais ciclos de crescimento da economia para ganhar força para sua empresa. Engrossar as pernas.

Ah, mas o emprego não voltou aos níveis de 2012... Ah, mas ainda não foi aprovada a reforma da previdência... Ah, mas tem um monte de escândalos em andamento...  Tudo verdade. Mas se a gente for esperar o Brasil estar na situação de uma Noruega, ou mesmo de um Chile para citar um exemplo mais próximo e realista, pode ser que a gente espere até o além túmulo. 

Apesar dos problemas habituais, das crises crônicas, parece que estamos entrando em mais uma de nossas modestas fases de crescimento da economia. Pode ser possível crescer o seu negócio, se você investir direito, por exemplo na presença digital da sua empresa.

A economia melhora. Está na hora de renovar seu site. Chame a Vendere.