terça-feira, 8 de junho de 2021

Site ou aplicativo? Qual é melhor para seu negócio?


Para que serve um site ou um aplicativo? Quais as vantagens técnicas, operacionais e comerciais de cada um?

Embora sites e aplicativos sejam ambos ferramentas de contato entre empresa e público, eles tem importantes diferenças. Neste post vamos começar pelas diferenças técnicas e daí avançar pelas suas implicações no marketing.

Meus professores de ciência da computação podem reclamar, mas é o que temos para hoje
Dada a formação deste que vos escreve, eu poderia aqui fazer uma explicação detalhada e chatíssima de tecnologia, mas para efeito de falarmos sobre o que importa para o marketing da empresa da prezada leitora e do prezado leitor, aí vai uma versão executiva:

Um site é um software (um conjunto de programas de computador e arquivos auxiliares) que roda no navegador, no browser. Ou seja, um site é um programa de computador que para funcionar usa como base o navegador instalado naquele computador ou celular: Chrome, Safari, Microsoft Edge, Internet Explorer, etc. 

Fisicamente, um site não fica armazenado no celular, tablet ou computador onde está funcionando. Fica em um servidor na Internet e a cada vez que é acessado é trazido através da Internet e daí carregado no navegador.

Um aplicativo (ou app) é um software que roda direto no sistema operacional do celular, sem navegador. Ou seja um aplicativo é um programa de computador que para funcionar usa como base o sistema operacional instalado naquele celular ou tablet: Android ou iOS. 

Fisicamente, os aplicativos ficam armazenados no celular ou tablet local, depois que a pessoa os baixou e instalou no seu celular ou tablet. A cada vez que é acessado é carregado localmente, sem passar pela Internet. No entanto, na maioria das vezes, depois de carregado tem que buscar dados na Internet para operar.

Vamos ver as implicações dessas diferenças técnicas no seu uso para o marketing:

Compatibilidade
Um mesmo site funciona em todos os computadores, em todos os celulares e todos os tablets. Se for um site responsivo (projetado para alterar seu elementos visuais para diferentes tamanhos e orientações de telas) ele proporciona uma experiência similar para todos os visitantes, em todas as plataformas. 

Isso é possível porque embora haja diferentes fabricantes de navegadores, por exemplo o Chrome é fabricado pela Google, o Edge é fabricado pela Microsoft e o Safari pela Apple, todos eles seguem a padronização internacional estabelecida pela W3C - World Wide Web Consortium, uma organização mundial de padrões que tem participação de governos, universidades e institutos de pesquisa. 

Já aplicativos são especificamente projetados para plataformas móveis, não rodam em computadores. Além disso, como não há padronização entre os sistemas operacionais de celulares, um aplicativo precisa ter desenvolvidas versões diferentes para diferentes sistemas operacionais de celulares, geralmente para os dois mais populares: Android e iOS.

Disponibilidade
Um navegador (browser) já vem instalados de fábrica em todos os computadores, tablets e celulares, assim todo site está imediatamente disponível em todas as plataformas, basta carregar o navegador e informar o nome/endereço do site. 

Já um aplicativo precisa ser baixado uma primeira vez de uma loja de aplicativos na Internet - como Apple Store ou Google Play - e daí instalado no celular ou tablet para depois poder ser usado.

Um site só pode ser usado se o computador ou celular estiver conectado na Internet, já um aplicativo pode ser usado sem conexão à Internet porque está fisicamente no celular ou tablet. Porém, se depois de entrar no ar o aplicativo precisar de informações que não estão no celular, precisará também de conexão à Internet.

Recursos
Para acessar informações que estejam na Internet site e aplicativos se equivalem, porém para acessar recursos de hardware nativos do celular um aplicativo é mais eficaz porque "fala" direto com o sistema operacional do celular, em alguns casos fala direto com o hardware, sem ter que usar o navegador como intermediário.

Então, para serviços que demandam uso pesado ou sofisticado de GPS, câmera, sensores de posição e movimento do celular e outros recursos de hardware, um aplicativo é mais capaz. Além disso, por residir fisicamente no celular um aplicativo carrega mais rápido (porque não tem que vir pela Internet).

Por outro lado, um site não ocupa permanentemente espaço no celular, porque é armazenado na Internet. Já o aplicativo ocupa, porque é  armazenado no celular.

Investimento
Desenvolver um aplicativo custa bem mais caro de que um site com aproximadamente as mesmas funções. Grosso modo, precisa de programadores mais difíceis de achar e mais caros de contratar. Além disso um aplicativo geralmente precisa ser confeccionado em pelo menos duas versões (para Android e iOS) e daí passar pelo processo de aprovação das lojas digitais de aplicativos para celular, para depois ser disponibilizado para download.

Além desse custo da primeira vez, cada vez que um aplicativo precisa ser atualizado ou alterado o processo precisa ser repetido. Mais custo e mais prazo. Já para atualizar um site é só atualizar no servidor porque ele é carregado de novo a cada uso.

Ajudando a escolher

1) Você tem que ter um site. É o único jeito de você ter certeza que seu marketing vai conseguir falar com todo o público, independente do equipamento - computador, notebook, tablet ou celular - que porventura o cliente esteja usando.

2) Se você vai prestar um serviço que usa fortemente GPS (por exemplo acompanha em tempo real o caminho de um motoqueiro entregador), ou usa recursos avançados de câmera (como por exemplo faz realidade virtual, combina vídeo em tempo real com imagens digitais), ou usa recursos avançados de posição e movimento de celular (como por exemplo um game que responde aos movimentos da pessoa) um aplicativo é o melhor caminho. 

Embora um site também possa acessar muitos recursos de hardware, por exemplo verificar a localização da pessoa via GPS ou tirar uma foto dela com a câmera, para usos mais avançados que esses um aplicativo pode ser uma melhor opção.

3) Se o seu cliente acessa 5 ou mais vezes por dia um serviço que você presta pela Internet (como por exemplo uma rede social) um aplicativo, por residir no celular e assim ser de carga mais rápida, pode oferecer um serviço mais confortável para seus clientes. 

Aqui é importante avisar que não adianta você se iludir que um cliente vai acessar 5 vezes por dia sua empresa só porque você oferece um aplicativo. Se a pessoa não está com muito interesse, pode ser site, aplicativo, e-mail, pombo correio ou mensagem do além. Ela não vai acessar. 

Funciona porém na outra direção: se cada pessoa já usa muitas vezes por dia um serviço que você presta via Internet, pode ser mais prático e rápido para ela ser via aplicativo.

4) Se você vai prestar um serviço que é importante funcionar sem acesso à Internet, só um aplicativo pode rodar no celular sem Internet, um site não pode. No entanto, não adianta só o aplicativo carregar. É preciso que todas as informações necessárias para seu funcionamento - como dados, tabelas e imagens -  estejam guardadas no celular, porque sem Internet ele não tem como ir buscá-las.

O resumo da ópera
Um site é mais uma ferramenta de comunicação com seu público, enquanto um aplicativo é uma ferramenta de prestação de serviços móveis ligados a recursos mais avançados de hardware do celular.

Se você quer falar com seus clientes e potenciais e prestar serviços que não dependem de uso intenso e avançado do GPS, câmera e sensores, um site resolve seu problema de forma mais abrangente, fácil e barata. De quebra, o mesmo site funciona em computadores e notebooks, além dos celulares e tablets.

Se você quer prestar serviços na Internet só para celulares e tablets e que dependam muito do hardware, além de poder prestar serviços off line (que funcionariam sem conexão com a Internet), vale a pena você estudar a confecção de um aplicativo.

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