terça-feira, 28 de janeiro de 2020

As pessoas (e o Google) gostam de site rápido


É mais ou menos óbvio que se seu site demorar demais para carregar na tela do visitante existe o risco dele se chatear e até abandonar o processo e ir para outro site. Mas quanto é "demais"?

A resiliência humana diante de telas é muito estudada e, grosso modo, o que vemos é que se seu site carrega na tela em até uns 2,5 segundos você pode dormir tranquilo. Até 4 segundos talvez você perca um ou outro estressado, mas não é motivo para alarme. Já mais de 5 segundos de carga e indo em direção aos 7, 8 ou 10, já é caso de estudar se possível alguma otimização.

Lembrando que tudo isso é na média, é estatística. No caso a caso, vai entrar na equação o bom humor do cidadão naquele dia, quantas xícaras de café ele já tomou e quão importante para ele é o que ele está esperando, entre outras variáveis.

Digite o número do telefone com DDD...
Vale dizer que por "tempo de carga" do site entenda-se que não é necessário a página inteira já estar disponível, mas apenas o suficiente para o visitante começar a interagir com ela, por exemplo o menu de opções poder ser clicado. Você já deve ter percebido como isso funciona quando teve que ligar  para algum SAC telefônico (Serviço de Atendimento ao Consumidor): enquanto você está ouvindo música o seu enfurecimento é crescente, mas a hora que começam a lhe pedir o CPF - a hora que você começa a interagir - já dá a sensação de estar sendo atendido.

O Google também
Os donos de sites, além da freguesia, tem que se preocupar também com o onipresente Google e sua dominância no mercado de pesquisas. Um dos caminhos comuns das pessoas acharem sites na Internet é via pesquisa e o Google já declarou publicamente que valoriza a velocidade de cada site, na hora de formar a lista de sites que vai ser mostrada como resposta a uma pesquisa.

Por exemplo, se você pesquisar "comprar bicicleta", o site de vendedor de bicicletas que carregar mais rápido tende a ser mostrado antes na lista de respostas à pesquisa, se todo o resto for igual aos sites concorrentes, nas muitas variáveis que são consideradas nesse ranqueamento. O Google afirma que faz isso para estimular que os donos de sites forneçam uma melhor experiência para os usuários, o que é verdade.

Mas, além do bem do próximo, há interesse próprio do Google também. Se os sites fizerem um esforço danado para serem enxutos e compactados visando rapidez, o Google economiza o tempo e o dinheiro dele, no trabalho de ficar regular e periodicamente acessando e indexando todos os sites da Internet (se você ainda não tinha pensado nisso, imagine a conta de linhas de comunicação que o Google deve pagar mundialmente).

Parei na contramão
Porém, na na direção contrária dessa pressão para acelerar a carga do seu site na tela do visitante, está o fato que muitos recursos interessantes - que também enriquecem a experiência do visitante e podem diferenciar seu site - podem atrapalhar a rapidez da carga, como por exemplo fotos de boa qualidade e vídeos. Mesmo fontes - letras - mais legais podem atrasar a carga, em relação às fontes sem graça embutidas no sistema. Que fazer?

Virtus in media stat
Como já advertia São Tomás de Aquino na sua Suma Teológica, uma virtude exagerada pode levar a um pecado... embora o santo frade não estivesse no ano de 1273 já pensando na Internet 😃, o princípio se aplica. Uma boa agência digital (como a Vendere) tem que ter a arte e a ciência para encontrar o delicado balanço que é ter recursos no site que encantem o visitante, sem comprometer demais a velocidade. E ter um olho no peixe e outro no gato: tentar ficar dentro, ou um pouco abaixo, da média de tempo dos sites dos principais players do mercado onde aquele site concorre.

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